Era pra ser "algo em torno de 15" . Depois, 17 passou a ser "um bom número" . O discurso mudou mais tarde para "não passaria de 20" . Mas a equipe ministerial do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi fechada em 22 nomes – ao por ora .
Neste 1º de janeiro, os ministros de Bolsonaro tomam posse ao lado do novo presidente da República, dando início a um novo ciclo no governo federal. A equipe do capitão reformado foi formada sob a promessa de acabar com a política do 'toma lá, dá cá', o que gerou muita expectativa desde cedo.
Os resultados práticos dessa decisão, que pode gerar atritos na relação com os deputados e senadores eleitos e travar a aprovação de projetos de interesse do governo , só poderão ser sentidos a partir de agora, mas a tendência de uma equipe ministerial formada sobre a influência de três grupos que acompanham o presidente eleito, sendo eles compostos por: políticos, militares e economistas liberais; já se confirmou, não necessariamente nessa ordem.
Ao todo entre os 22 nomes anunciados para serem ministros de Bolsonaro, o que chama mais atenção é a quantidade de origem militar: são seis ao total, mais do que qualquer outro governo desde a redemocratização, incluindo tanto oficiais da reserva, quanto especialistas formados em instituições militares de ensino superior.
Além deles, outros sete nomes indicados são filiados a partidos políticos, no qual destaca-se o DEM, representado com três (importantes) ministérios e o PSL, partido do próprio presidente, com outros três.
Na ala dos economistas liberais, a equipe conta com apenas dois nomes, mas é preciso levar em consideração que a maioria dos demais escolhidos ficará abaixo do novo "superministério da economia", respondendo diretamente ao futuro ministro Paulo Guedes e, portanto, sem o status de ministro de outrora.
A equipe ministerial de Bolsonaro também conta com apenas duas mulheres no primeiro escalão do governo e nenhum ministro negro. Além disso, dentre os confirmados, estão nomes conhecidos como o do ex-juiz federal Sérgio Moro, para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e do astronauta Marcos Pontes, para o Ministério da Ciência e Tecnologia, até escolhas que surpreenderam todos como a do filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação.
Veja abaixo um rápido perfil de cada um dos indicados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL):
Onyx Lorenzoni, um dos principais ministros de Bolsonaro, estará na Casa Civil
Médico veterinário de 64 anos e deputado federal pelo Rio Grande do Sul desde 2003, Onyx Dornelles Lorenzoni foi um dos primeiros escolhidos pelo presidente eleito, Bolsonaro. Integrante do Democratas (DEM), ele abandonou a indicação do partido de apoiar o então candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e se aproximou de Bolsonaro bem cedo e se transformou no principal braço de articulação política do governo.
Futuro titular da pasta da Casa Civil, ele terá um dos principais cargos no próximo governo e, até por isso, foi nomeado como ministro extraordinário de transição ainda durante o governo Temer, mas viu sua influência diminuir recentemente com a indicação de Bolsonaro de dois outros nomes (generais) que vão dividir com Onyx o papel de negociação com os parlamentares.
Há também o receio de que o gaúcho de temperamento forte não resista até o final do governo Bolsonaro por conta das denúncias de corrupção que tem rondado o futuro ministro. Isso porque, além de já ter admitido ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da empresa JBS para pagar dívidas da sua campanha em 2014, uma nova delação premiada revelou que os valores foram superiores aos revelados pelo próprio Onyx e que as doações ilegais ocorreram mais de uma vez. Conhecido por um discurso duro de combate à corrupção no seu exercício como parlamentar, ele nega essas irregularidades.
Paulo Guedes, futuro ministro da Economia
Paulo Roberto Nunes Guedes é carioca, tem 69 anos, é mestre e Ph.D pela Universidade de Chicago, um dos fundadores do Banco Pactual e sócio majoritário do grupo BR Investimentos. Foi colunista dos jornais O Globo , Folha de S. Paulo e das revistas Época e Exame , professor na Fundação Getulio Vargas (FGV) e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e aceitou uma cadeira de docência em tempo integral na Universidade do Chile na época da ditadura militar chilena.
Na ocasião, Paulo Guedes foi um dos coordenadores da Reforma da Previdência do país vizinho ao Brail e seu currículo fez com que ele se tornasse uma das maiores referências do País em relação à agenda econômica liberal. Durante a pré-campanha, Guedes foi apresentado a Bolsonaro que, apesar de ter defendido medidas estatizantes durante boa parte da sua vida pública como é comum à maioria dos militares, gostou das ideias do economista.
Sendo assim, o discurso adotado por Bolsonaro foi de que ele deixaria a cargo de Paulo Guedes toda a questão econômica do futuro governo e passou a se esquivar das perguntas desse território chegando, inclusive, a nomear o futuro ministro da Economia como o "posto Ipiranga", em referência à campanha publicitária da empresa que tem como mote o "pergunta lá".
De temperamento forte e intempestivo, ele tem um histórico de má relação com vários ex-sócios e chegou a dar declarações polêmicas à imprensa, o que levantou dúvidas sobre qual seria a alternativa a Guedes caso ele e Bolsonaro entrassem em conflito. Até hoje, porém, o futuro presidente e o futuro ministro mantiveram uma boa relação.
Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
Aos 70 anos, Augusto Heleno Ribeiro Pereir a é um general quatro estrelas da reserva do Exército Brasileiro e considerado o principal militar do governo Bolsonaro por sua proximidade, amizade e influência com o presidente eleito Jair Bolsonaro, tanto que chegou a a ser convidado, e recusou, para ser o candidato a vice-presidente na chapa que acabou eleita, mas virou um dos ministros de Bolsonaro.
Ele entrou para o exército em 1966 e deixou a corporação em 2011 após 45 anos quando, em cerimônia polêmica, defendeu a ditadura militar.
Até pouco tempo depois da vitória de Bolsonaro, ele era cotado para ser o futuro Ministro da Defesa do governo, mas foi justamente a vontade de se manter perto do presidente eleito, dentro do próprio Palácio do Planalto que fez com que ele optasse por assumir a pasta com status de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Marcos Pontes, futuro ministro da Ciência e Tecnologia
Um dos primeiros apoiadores da campanha de Bolsonaro, o único brasileiro a visitar o espaço ganhou força para assumir o ministério de Ciência e Tecnologia conforme as declarações do novo presidente eleito de que formaria uma equipe ministerial com nomes técnicos e referências na área foi ganhando força. Apesar de ser filiado ao partido de Bolsonaro, portanto, ele é considerado a primeira indicação técnica do futuro presidente.
Nascido em 11 de março de 1963, o astronauta Marcos Pontes também é ex-militar já que foi piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) e deixou a corporação como tenente-coronel. Ele chegou a ser eleito como segundo suplente de senador por São Paulo na chapa do candidato Major Olímpio (PSL-SP), cargo que não chegará a ocupar agora que aceitou o convite para ser ministro.
Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública
Talvez a personalidade mais famosa da equipe ministerial do governo Bolsonaro, o ex-juiz federal Sérgio Moro ganhou notoriedade por sua atuação a frente dos processos decorrentes da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal da Justiça Federal, em Curitiba, responsável por condenar vários políticos e empresários famosos, entre eles o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.
Considerado um perfil técnico e egocêntrico, Moro havia prometido nunca se torna político, em grande parte por conta das acusações da defesa de Lula de que o ex-presidente teve um julgamento injusto e que Moro tinha interesses escusos de tirá-lo da disputa à Presidência da República e torná-lo um troféu da Lava Jato para colocar em sua biografia. De um jeito ou de outro, o ex-juiz (teve que deixar o cargo para poder assumir o futuro posto) declarou que aceitou o convite por considerar que o cargo não é político, mas "majoritariamente técnico", para tanto, ainda pediu que a Segurança Pública fosse agregada à pasta de Justiça.
Sendo assim, Moro se tornou o segundo nome de perfil técnico a ser um dos ministros de Bolsonaro, mas sua popularidade talvez até maior do que a do presidente eleito fez com que preocupações acerca de uma eventual necessidade de demissão do ministro fossem levantadas. Além disso, o ex-juiz que se tornou famoso por seu combate à corrupção, foi questionado por conta das suspeitas de seus colegas futuros ministros.
Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura
Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária , grupo que reúne 261 deputados federais e senadores e que havia declarado apoio a Bolsonaro ainda antes do primeiro turno das eleições.
Ela é uma das representantes de Jair Bolsonaro nos ministérios que já possui carreira política. Deputada federal pelo Mato Grosso do Sul, ela é filiada ao DEM, mesmo partido dos também ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).
Fernando Azevedo e Silva, futuro ministro da Defesa
General da reserva, Fernando Azevedo e Silva atuava como principal assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. Militar que sempre teve o respeito do presidente eleito, foi, antes de assumir a posição com Toffoli, chefe do Estado-Maior do Exército e, portanto, é mais um técnico a assumir um ministério importante a partir de 2019.
O general também já foi Presidente da Autoridade Pública Olímpica durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e comandante Militar do Leste no Rio de Janeiro. Azevedo é da turma anterior ao do presidente eleito na academia de formação de oficiais. Eles já serviram juntos na Brigada Paraquedista e são amigos.
Ernesto Araújo, o futuro ministro das Relações Exteriores
Indicado pelo filósofo Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro, o diplomata ficou famoso por fazer grandes críticas o governo do Partido dos Trabalhadores e a corrente que ele mesmo chama de "globalismo". Segundo Ernesto, é necessário combater o marxismo cultural que tomou conta da globalização como um sistema anti-humano e anti-cristão.
De visão liberal, ele foi muito elogiado pelo próximo presidente, que pretende tratar as relações exteriores sem ideologia.
Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central com status de ministro
Escolhido após a recusa de convite do atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, Roberto Campos Neto é outro perfil técnico do governo Bolsonaro. O cargo, aliás, terá status de ministério após um pedido do futuro ministro da economia, Paulo Guedes.
Como sugere seu nome, o próximo comandante do BC é neto de Roberto Campos, que comandou o Planejamento no governo de Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura militar.
Campos Neto tem perfil liberal, é apoiador de medidas que restrinjam o tamanho do estado, sendo portanto próximo de Paulo Guedes. Formado em economia pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e com especialização em finanças, ele já ocupou funções no Banco Bozano Simonsen, no banco Claritas e no Santander Brasil, último posto antes da recente indicação para ser um dos ministros de Bolsonaro.
Wagner Rosário, próximo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União
Wagner Rosário já ocupa, atualmente, o cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União . Ele assumiu o posto em maio do ano passado, quando substituiu Torquato Jardim, que foi para o Ministério da Justiça. Até o momento, ele é o primeiro ministro da gestão de Michel Temer que permanecerá em sua função no governo de Bolsonaro.
De acordo com informações da CGU, o ministro, que é servidor de carreira, é o primeiro a assumir o cargo de secretário-executivo e de ministro da pasta. Ele é graduado em ciências militares e é ex-capitão do Exército. Rosário também tem em sua formação um mestrado em corrupção e estado pela Universidade de Salamanca, da Espanha.
Luiz Henrique Mandetta, o próximo ministro da Saúde
No discurso de anúncio do deputado do DEM que é ortopedista pediátrico como ministro, Bolsonaro disse que ele "tem apoio da grande maioria dos profissionais de saúde do Brasil" e que Mandetta assumirá a pasta com a missão de "tapar ralos" para facilitar a vida das pessoas com pouco dinheiro.
Responsável pela área de saúde no plano de governo da camapnha do presidente eleito, M andetta não quis tentar a reeleição como deputado, mas trabalhou ativamente para que o então candidato do PSL vencesse a eleição.
Ele é um dos três parlamentares do DEm que estarão no governo. Os outros são Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
André Luiz de Almeida Mendonça será ministro da Advocacia-Geral da União
O escolhido de Bolsonaro para chefiar a AGU é pós-graduado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e tem uma carreira acadêmica que indica uma especialização na defesa do Estado de direito e no combate à corrupção. Ele é doutor em "Estado de Derecho y Governança Global [Estado de Direito e Governança Global]" e mestre em "Corrupción y Estado de Derecho [Corrupção e Estado de Direito]" pela Universidade de Salamanca.
André Luiz de Almeida Mendonça também já foi nomeado Diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União e assumiu o cargo de corregedor-geral da AGU em 2016.
Gustavo Bebianno, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República
Ex-presidente do PSL, Gustavo Bebianno é advogado e amigo pessoal de Jair Bolsonaro . O novo ministro foi um dos responsáveis por convencer o presidente eleito a se transferir para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após o mesmo ser operado depois de levar uma facada em um atentado durante campanha em Juiz de Fora.
Articulador da campanha do PSL nas eleições, não foi candidato a nenhum cargo público e, por isso, era favorito a ocupar um ministério caso o capitão reformado fosse eleito e assim se tornou um dos ministros de Bolsonaro.
Ricardo Vélez Rodríguez, o próximo ministro da Educação
Ricardo Vélez Rodriguez é autor de mais de 30 obras e atualmente tabalha como professor Emérito da Escola de Comando e estado Maior do Exército. Colombiano, construiu sua carreira acadêmica no Brasil e foi outra indicação do filósofo Olavo de Carvalho.
Para o novo ministro, é necessário "enquadrar o MEC no contexto da valorização da educação para a vida e a cidadania a partir dos municípios, que é onde os cidadãos realmente vivem".
O filósofo colombiano é autor do livro "A grande mentira: Lula e patriotismo petista", no qual faz criticas aos governos petistas. De acordo com a descrição oficial, o livro "explica como o PT conseguiu potencializar as raízes da violência, que já estavam presentes na formação do nosso Estado patrimonialista, e que se reforçaram com o narcotráfico e a ideologia de revolução cultural gramsciana".
Carlos Alberto Santos Cruz, o próximo ministro-chefe da Secretaria de Governo
Santos Cruz vai suceder o atual ministro Carlos Marun na pasta da Secretaria de Governo que fica instalada no próprio Palácio do Planalto e cuida, entre outras atribuições, da articulação do governo com o Congresso. Dessa forma, este é o segundo militar que deverá estar bem próximo do gabinete do futuro presidente, já que a GSI também fica instalada no Palácio.
Ele tem participado das reuniões do governo de transição no gabinete improvisado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, desde o começo. Seus principais compromissos foram com embaixadores por conta de sua experiência internacional, mas ele era cotado para integrar a equipe do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, como secretário federal de Segurança Pública.
Tarcísio Gomes de Freitas, o próximo ministro da Infraestrutura
O futuro ministro é formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) , Consultor Legislativo da Câmara Federal e ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Além disso, o indicado para a Infraestrutura tem pós-graduação em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e em Gestão de Cadeia de Suprimento e Logística, pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército.
Atualmente, Gomes de Freitas é consultor legislativo da Câmara dos Deputados, mas já foi chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, entre 2005 e 2006, nessa mesma missão da qual o futuro ministro-chefe da Secretaria da Presidência, general Santos Cruz, também participou.
Gustavo Henrique Canuto, o próximo ministro do Desenvolvimento Regional
Atualmente, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto
é secretário-geral da pasta da Integração Nacional. Antes, ele já chegou a ser chefe de gabinete do governador eleito do Pará, Helder Barbalho (MDB) quando este respondia pela pasta no governo do atual presidente Michel Temer.
Canuto é servidor efetivo do Ministério do Planejamento com ampla experiência e, de acordo com o site do próprio Ministério da Integração Nacional, ele não tem filiação partidária.
Formado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Canuto também já trabalhou na Secretaria de Aviação Civil, na Secretaria Geral da Presidência da República e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Osmar Terra, futuro ministro da Cidadania
Ex-ministro dos Direitos Humanos no governo Temer, Osmar Terra é deputado federal pelo MDB e será o único representante do partido a ocupar um ministério de Jair Bolsonaro.
O recém-criado Ministério da Cidadania vai absorver as atribuições dos ministérios do Desenvolvimento Social, dos Esportes e da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça. A nova pasta será responsável por programas como o Bolsa Família e o Criança Feliz (que tem como embaixadora a atual primeira-dama, Marcela Temer).
Marcelo Álvaro Antônio, o próximo ministro do Turismo
Nascido em Belo Horizonte, em Minas Gerais, o depu tado é empresário e aparece como sócio-administrador da empresa Voicelider Soluções em Tecnologia LTDA, que tem dívida ativa com o INSS de R$ 59,9 mil. O futuro ministro não completou a graduação em Engenharia Civil pela UNI BH.
Na Câmara, Marcelo já integrou as comissões de Minas e Energia, Finanças e Tributação, Viação e Transportes, além de comissões externas sobre o Zika vírus e a situação hídrica dos municípios de Minas Gerais. O deputado já foi filiado ao PRP, PMB, PR e, em 2018, se filiou ao PSL. Seu nome entre os ministros de Bolsonaro foi uma surpresa.
Bento Costa Lima Leite, o próximo ministro de Minas e Energia
Atualmente, o almirante de esquadra é diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Nascido no Rio de Janeiro, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior começou a sua carreira na Marinha em 1973, passando pelo comando e pela chefia da Esquadra. Assumiu o cargo de chefe de gabinete do Comando da Marinha e comandante da Força de Submarinos Brasileira.
Damares Alves, a próxima ministra dos Direitos Humanos, Família e Mulher
Damares Alves é pastora evangélica e trabalha como assessora de Magno Malta no Senado. Sua indicação, de certa forma, alivia o clima ruim que ficou entre o presidente eleito e o senador do Espírito Santo que esperava um convite para ser ministro.
Ela é apenas a segunda mulher no governo de Bolsonaro. Além dela, Tereza Cristina, será ministra da Agricultura. O político do PSL quer apagar a imagem de que é contra as mulheres e, além de valorizar bastante a primeira-dama Michelle Bolsonaro, ouviu a futura senadora do PSB Mara Gabrilli, que recomendou que uma mulher assumisse a pasta de direitos humanos.
Ricardo de Aquino Salles, o próximo ministro do meio ambiente
Ricardo de Aquino Salles , 43, é natural de São Paulo. Bacharel em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado pelas universidades portuguesas de Coimbra e Lisboa, o novo ministro é ligado ao Movimento Endireita Brasil e concorreu a uma vaga de deputado federal por São Paulo pelo partido Novo nas últimas eleições – mas não ganhou.
Em São Paulo, Salles assumiu a Secretaria Estadual do Meio Ambiente no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em julho de 2016, quando ainda era filiado ao PP. Agora, aceitou desafio de ser um dos ministros de Bolsonaro a partir de 2019.