Embaixador Ernestro Araújo foi anunciado hoje como o futuro ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro
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Embaixador Ernestro Araújo foi anunciado hoje como o futuro ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta quarta-feira (14) o embaixador Ernesto Araújo como futuro ministro das Relações Exteriores. Bolsonaro usou sua conta oficial no Twitter para o anúncio e mais tarde deu uma coletiva de imprensa ao lado do novo ministro.

"A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações Exteriores ", escreveu Bolsonaro.

Durante a coletiva na tarde desta quarta-feira, o novo ministro afirmou que pretende implementar parcerias em benefício de todos. "Vamos em busca de uma política efetiva em função do interesse nacional, em função de um Brasil atuante, um Brasil feliz, um Brasil próspero", disse  Ernesto Araújo .

Questionado por um jornalista sobre como o futuro governo vai lidar com a crise imigratória de venezuelanos em Roraima, o presidente eleito afirmou que já "teria tomado providências contra a Venezuela há muito tempo".

"Venho acompanhando durante muitos anos. Durante a pré-campanha estive duas vezes em Roraima. Nós não podemos abandonar nossos irmãos, mas o governo não pode deixar apenas o governo de Roraima cuidar desse assunto", afirmou Bolsonaro.

Sobre o anúncio da saída de Cuba do programa Mais Médicos , o presidente eleito reafirmou sua posição sobre o assunto e disse que a decisão "foi tomada de modo unilateral pela ditadura cubana".

"Eu fui contra o Mais Médicos. Primeiro, por questão humanitária. É desumano deixar eles [os médicos cubanos] aqui afastados de seus familiares. Outra questão que afeta: em torno de 70% desse salário é confiscado para a ditadura. E não temos nenhuma comprovação que sejam realmente médicos", disse. 

Em sua fala, Jair Bolsona ro criticou o PT e disse que "jamais faria acordo com Cuba" nos termos atuais. "O que eu quero é o tratamento humanitário para os cubanos que estão aqui e também para os pacientes", disse ressaltando que o programa não está suspenso.

O presidente eleito também reafirmou sua posição sobre a mudança da embaixada em Israel . "Quem decide onde é a capital do seu País é o seu governo. Se o Brasil fosse abrir embaixada hoje em Israel, seria em Tel Aviv ou em Jerusalém? Com toda a certeza seria em Jerusalém", afirmou.

Com o novo ministro anunciado, sobe para oito os nomes confirmados para a equipe ministerial do governo eleito. Alguns escolhidos atuam diretamente no governo de transição. Nas declarações públicas, Bolsonaro avisou que pretende reduzir de 29 para de 15 a 17 o número de ministérios, extinguindo pastas e fundindo outras.

Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) saudou a escolha de Araújo. “A entidade se coloca à disposição para colaborar no enfrentamento dos desafios da política externa brasileira e na modernização das relações de trabalho em prol de todos os servidores do ministério”, comentou a entidade, desejando êxito ao futuro ministro das Relações Exteriores .

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