Lula e Bolsoanro durante debate na TV Globo
Reprodução/TV Globo - 30.09.2022
Lula e Bolsoanro durante debate na TV Globo

Com o segundo turno das eleições 2022 chegando, diversos políticos se posicionaram sobre quem irão apoiar na corrida presidencial do dia 30 de outubro . Entre eles, estão inclusive candidatos que concorreram ao Planalto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).

Em pronunciamento na tarde de hoje, a candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, declarou apoio ao petista no segundo turno . A senadora, que ficou em terceiro lugar na votação, já fez diversas críticas a Lula e Bolsonaro,  principalmente relacionadas à polarização que permeava a eleição desde o primeiro turno. 

Tebet chegou a dizer que  um segundo turno entre os dois candidatos seria "o pior dos mundos para o Brasil"  e que eles criam "inimigos imaginários", mas não apresentam propostas para solucionar os "problemas reais"  do país.

Hoje, no entanto, ela disse que, diante da situação atual, "não cabe a omissão da neutralidade". A senadora afirmou que decidiu apoiar Lula porque reconhece nele o "compromisso com a democracia e a Constituição", o que não enxerga em Bolsonaro. 

Outro candidato que também criticou os dois primeiros colocados e agora apoia o ex-presidente é Ciro Gomes (PDT). Nessa terça (4), após o partido do ex-ministro se manifestar e dizer estar alinhado com Lula , Ciro afirmou acompanhar a decisão, já que, de acordo com ele, diante das opções, o petista é "a última saída".

Durante a campanha presidencial, Lula recebeu ataques de Ciro , mas sempre deixou claro que não revidaria e que gostava muito do pedetista. O ex-presidente inclusive pediu que aliados conversassem com o ex-governador para que ele estivesse ao seu lado no segundo turno contra Bolsonaro.

Com o atual mandatário a situação não foi diferente. Desde que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública , ele e o presidente trocam farpas. À época, Moro acusou o chefe do Executivo de tentar interferir na Polícia Federal. Bolsonaro negou a acusação e o ex-juiz passou a ser chamado de "traidor" e "mentiroso"

No domingo (2), no entanto, Moro disse que, em caso de segundo turno, não apoiaria Lula . "Não tenho como ficar ao lado do Lula, jamais estarei com o Lula ou com o PT em qualquer circunstância porque é um governo que foi pautado por escândalos de corrupção", afirmou.

Depois disso, Bolsonaro afirmou que sua briga com Moro ficou no passado e demonstrou satisfação com o apoio do ex-juiz . "Olha só, todos nós evoluímos. Eu mesmo errei no passado em alguns pontos e a gente evolui para o bem do nosso Brasil."

Após Moro ser eleito senador no Paraná, o presidente disse que conversou com ele e que o ex-juiz "será um grande senador" . Ele falou também que agora terá “um novo relacionamento” com o antigo ministro.

Já a senadora Soraya Thronicke, que concorreu à presidência pelo União Brasil e ficou em quinto lugar na votação, adotou uma posição neutra em relação ao segundo turno , criticando Lula e Bolsonaro. "Nenhum desses bandidos merece o meu apoio", afirmou.

Em São Paulo , o governador derrotado no primeiro turno das eleições, Rodrigo Garcia (PSDB) , anunciou apoio ao candidato do Republicanos ao governo do estado, Tarcísio de Freitas , de quem era concorrente. Garcia ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral, perdendo para Tarcísio e Fernando Haddad (PT).

Embora Garcia tenha dito em outras ocasiões que as propostas dos adversários não são "factíveis" e que "quebrariam São Paulo" , entre os dois primeiros colocados, o tucano escolheu apoiar a ala bolsonarista.

"O PSDB está reunido declarando neutralidade. Eu declaro meu apoio incondicional ao Tarcísio e ao Bolsonaro. Comuniquei ao presidente estadual e ao presidente nacional Bruno Araújo", afirmou Garcia em declaração nessa terça .

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcísio ficou à frente da disputa pelo governo, com 9.881.995 de votos (42,32%), enquanto Haddad marcou 8.337.139 votos (35,70%). Garcia, no entanto, ficou em terceira posição no ranking, com 4.296.293 de votos (18,40%).

Com a derrota dele, o partido tucano deixará o governo do estado após quase 30 anos de mandato , com seis candidatos diferentes.

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