Na tarde desta terça-feira (4), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que acompanha a decisão do partido de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições 2022 . De acordo com ele, diante das opções, é "a última saída".
"Acabamos de realizar uma reunião da executiva nacional ampliada do PDT e, por unanimidade, nós tomamos uma decisão. Eu gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT", disse ele em pronunciamento nas redes sociais.
"Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias", continuou.
Na gravação, o ex-ministro afirmou esperar que a decisão "ajude a oxigenar, temporariamente que seja, a nossa democracia". Ele ainda destacou que não vai aceitar qualquer cargo dentro do próximo governo, seja com a vitória de Lula ou do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno .
"Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial, da juventude, lutando com ações profundas", acrescentou, dizendo que vai acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que for assumir em janeiro de 2023.
Pouco antes da fala de Ciro, o presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou a posição da sigla de apoiar o petista contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), no próximo dia 30 de outubro . Em pronunciamento, Lupi disse que a decisão entre os membros da legenda foi "unânime".
"Os presidentes estaduais, os deputados federais de mandato, senadores... Entramos em uma decisão unânime, sem nenhum voto contrário — eu repeti isso três vezes, porque se tivesse voto contrário, está gravado — a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula ", disse em entrevista a jornalistas.
Ciro — candidato da sigla à presidência no primeiro turno — ficou na quarta colocação entre os candidatos ao Planalto, com pouco mais de 3% dos votos , atrás de Lula, Bolsonaro e de Simone Tebet (MDB).
Lula recebeu ataques de Ciro Gomes ao longo da campanha , mas sempre deixou claro que não iria revidar e gostava muito do pedetista. O ex-presidente inclusive pediu que aliados conversassem com o ex-governador para que ele estivesse ao seu lado no segundo turno contra Bolsonaro.
Hoje mais cedo, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que vai apoiar Bolsonaro no segundo turno e descartou qualquer possibilidade de se juntar a Lula no pleito. Além disso, o também reeleito governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), formalizou o apoio ao atual mandatário nesta tarde .
Ainda no dia do primeiro turno, o PCB anunciou apoio ao petista e, na tarde de hoje, o Cidadania também disse apoiar o ex-presidente .
MDB, PSDB e União Brasil ainda negociam e devem anunciar a decisão em breve.
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