A candidata ao Planalto pelo MDB, Simone Tebet , criticou a atual polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. De acordo com ela, um possível segundo turno entre os dois candidatos é "o pior dos mundos para o Brasil".
A senadora afirmou que, se o resultado das pesquisas de intenção de voto divulgadas forem confirmadas pelos eleitores no próximo dia 2 de outubro, o cenário de polarização vai se estender até dezembro de 2026, fazendo com que o país "não tenha paz".
"Não tem carta na manga, não tem fórmula mágica. A fórmula mágica é o próprio processo eleitoral [...]. A fórmula mágica é vivermos numa democracia e não abrir mão dela. A única coisa que eu tenho a oferecer para o Brasil é o meu amor incondicional pelo povo brasileiro e a coragem de fazer o que é certo", afirmou, durante sabatina promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), nesta segunda-feira (19).
"O segundo turno entre o ex-presidente Lula e o atual presidente, se isso acontecer, é o pior dos mundos para o Brasil. O Brasil não vai ter paz", continuou.
Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada na manhã de hoje, Lula está com 44% das intenções de voto contra 35% de Bolsonaro . No último levantamento, de uma semana atrás, o petista tinha 41%, contra 35% de Bolsonaro .
Conforme os dados , Tebet aparece em quarto lugar no ranking de candidatos, com 5% das intenções. A senadora está atrás de Ciro Gomes (PDT), que tem 7%.
Embora Tebet não lidere as pesquisas eleitorais, ela disse já ter visto outros candidatos nesse patamar de votos ganhar as eleições .
"Eu me recuso a desistir desse Brasil que eu sonho diante de um cenário que, para mim, nenhum dos dois [Bolsonaro e Lula] serve. Estou diante de um processo eleitoral em que me recuso a aceitar que nesta eleição, que é mais importante do Brasil desde a redemocratização, nós tenhamos que optar pelo menos pior."
Durante a fala, a candidata também destacou que seu nome é o menos rejeitado entre os presidenciáveis. "Como mulher, sabemos que as mulheres hoje são as mais propensas a não votarem nem em Lula, nem em Bolsonaro."
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