Nesta quinta-feira (22), o nome de Jorge Messias foi confirmado para assumir a Advocacia-Geral da União (AGU) no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , a partir de janeiro de 2023.
Procurador da Fazenda Nacional, carreira que integra a AGU , Messias faz parte da equipe de transição entre os governos do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) , e o de Lula. No grupo, ele participou da parte técnica de transparência, integridade e controle.
Jorge Messias já atuou nas áreas jurídicas de três ministérios: o da Educação, Casa Civil e Ciência e Tecnologia. Em sua carreira política, também já foi subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) .
À época, ele ficou conhecido por ter sido citado em uma conversa entre Lula e Dilma que teve o áudio vazado e, devido à qualidade da gravação, pôde ser ouvido o nome "Bessias".
A conversa teve repercussão após ter sido grampeada no âmbito da Operação Lava Jato e divulgada pelo ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União).
Em evento de encerramento do trabalho do grupo técnico da transição, o futuro do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante , pediu à imprensa para se referir ao procurador por Messias, o sobrenome correto.
Entre outras funções, a AGU é responsável por fazer a defesa dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em processos na Justiça e dar orientação jurídica relacionada a ações tomadas pelo governo federal, como portarias e licitações.
Messias, que terá status de ministro , também vai assessorar o futuro presidente, além de comandar a Advocacia-Geral da União e representar a União junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) .
Anúncio de 16 ministros
O anúncio de Messias como futuro líder da pasta foi feito por Lula em pronunciamento no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) na manhã de hoje . Na ocasião, o presidente eleito confirmou 16 nomes que vão assumir ministérios de seu governo no próximo ano.
No entanto, todos os futuros chefes das pastas ainda não foram confirmados. De acordo com o petista, os 13 nomes restantes serão divulgados, no máximo, até a próxima terça-feira (27).
No total, o novo governo vai contar com 37 ministérios, sendo 14 pastas a mais que no do atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL) .
Hoje, foram confirmados:
- Relações Institucionais - Alexandre Padilha
- Secretaria-Geral da Presidência da República - Márcio Macêdo
- Advocacia-Geral da União (AGU) - Jorge Messias
- Ministério da Saúde - Nísia Trindade
- Ministério da Educação - Camilo Santana
- Ministério da Gestão e Inovação - Esther Dweck
- Ministério de Portos e Aeroportos - Márcio França
- Ministério da Tecnologia - Luciana Santos
- Ministério das Mulheres - Cida Gonçalves
- Ministério do Desenvolvimento Social - Wellington Dias
- Ministério da Cultura - Margareth Menezes
- Ministério do Trabalho - Luiz Marinho
- Ministério da Igualdade Racial - Anielle Franco
- Ministério dos Direitos Humanos - Silvio Almeida
- Ministério da Indústria e Comércio - Geraldo Alckmin
- Controladoria-Geral da União (CGU) - Vinícius Carvalho
Anteriormente, Lula já havia confirmado os nomes de cinco ministros . Outros, como o de Margareth Menezes e Luiz Marinho, também já tinham sido divulgados, mas ainda faltava o anúncio oficial:
- Fazenda - Fernando Haddad
- Defesa - José Múcio Monteiro
- Casa Civil - Rui Costa
- Justiça e Segurança Pública - Flávio Dino
- Relações Exteriores - Mauro Vieira
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