Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli
Embaixada da Argentina/ Divulgação
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli

Após reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli , confirmou a vinda do mandatário do país, Alberto Fernández , para a posse do petista em 1º de janeiro de 2023 .

A decisão é um ato diplomático importante no cenário internacional em razão do distanciamento entre os países durante o governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) .

Depois do encontro, no Gabinete de Transição, em Brasília , nesta quinta-feira (1º), o embaixador afirmou que a  Argentina espera mais cooperação com o novo governo devido à "grande afinidade política e ideológica" entre os países.

"Nós falamos sobre interação energética, cobre, lítio […], devido à crise da globalização. Esse é o compromisso do presidente Lula com a América Latina e com o Mercosul", afirmou Scioli.

Alberto Fernández veio a São Paulo nessa segunda-feira (31) para se encontrar com o petista . Os líderes se reuniram no Hotel Intercontinental, que foi um dos locais que a equipe de Lula utilizou para firmar campanha na capital paulista.

Posse de Fernández

Em 2019, Bolsonaro não compareceu à posse do presidente argentino, Alberto Fernández , e enviou um representante em seu lugar. A atitude, porém, foi considerada desrespeitosa. À época, o atual chefe do Executivo criticou a escolha da população argentina em eleger Fernández e defendeu Maurício Macri, que era candidato à reeleição .

"O Macri se elegeu na  Argentina há cinco anos, discurso parecido com o meu. Um dos primeiros países que conseguiram se ver livres da turminha do Foro de São Paulo. Era a turminha da Cristina Kirchner, da Dilma. [Macri] Não conseguiu fazer tudo que queria, tinha problemas. Que que o pessoal fez com o Macri? Porrada nele o dia todo, inclusive chamando de abortista", disse Bolsonaro em transmissão nas redes sociais, em outubro de 2020

"O que aconteceu? Voltou a 'esquerdalha' da Cristina Kirchner. Tome conhecimento o que está acontecendo na Argentina. E detalhe: vi na imprensa hoje que o presidente vai legalizar o aborto na Argentina. Tá aí, povo argentino, lamento, é o que vocês merecem."

Argentino torceu pela vitória de Lula

Em entrevista em junho deste ano,  Fernández, disse que torcia para que Lula vencesse as eleições . Na ocasião, o líder argentino afirmou acreditar que o  agora presidente eleito contribuiria para uma maior união entre líderes da América do Sul.

"Pouco a pouco as coisas vão se arrumando, (Gabriel) Boric no Chile está fazendo um esforço, o Lucho (Luis) Arce na Bolívia, (Pedro) Castillo no Peru, (Gustavo) Petro na Colômbia, e Lula, finalmente, que eu desejo que ganhe em Brasil. Assim poderemos ter uma lógica de unidade conceitual na América do Sul", disse Fernandez ao canal C5N .

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