Adolescente que matou professora a facadas foi levado à Fundação Casa
Fernando Frazão/Agência Brasil
Adolescente que matou professora a facadas foi levado à Fundação Casa

A Justiça acatou o pedido de quebra de dados telefônicos e telemáticos do  adolescente de 13 anos responsável pelo ataque a faca em uma escola estadual da capital paulista. Na ocasião, ele matou uma professora e deixou outras quatro pessoas feridas.

O pedido feito pela Polícia Civil foi atendido pela Justiça na manhã desta quinta-feira (30). O objetivo é saber se o autor do crime  recebeu ajuda de outras pessoas para planejar e cometer o ataque .

A polícia investiga a  possível participação indireta de outros dois meninos no plano. Um dos suspeitos  teria incentivado a ação nas redes sociais. O usuário autor das mensagens, de acordo com os policiais, é amigo do agressor.

O outro suspeito que está sendo investigado foi flagrado em vídeo conversando com o autor do ataque em frente ao banheiro da escola momentos antes da ação. Em seguida, ele sai do banheiro e o agressor aparece com a máscara de caveira no rosto, utilizada na hora do atentado.

Os suspeitos foram ouvidos pela Polícia Civil, mas ambos negaram ter tido qualquer tipo de participação ou envolvimento no ocorrido.

Nos próximos dias, a Polícia Civil deve ouvir outras duas testemunhas. Uma delas é a diretora de uma escola na região da rodovia Raposo Tavaresonde o agressor também teria estudado antes de ser transferido para a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo , onde ocorreu o ataque.

O responsável pelo atentado foi aluno da instituição, havia pedido transferência e retornado para a Thomazia Montoro no dia 15 de março,  segundo o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder.

"Durante o período de permanência dele aqui, a diretora Vanessa não tinha nenhum aviso, não tinha ciência de nada que chamasse a atenção. A escola foi pega desprevenida", afirmou ele, durante coletiva de imprensa.

Policiais informaram que ele planejava o ataque há dois anos, mas as motivações do crime ainda estão sendo analisadas.

A investigação também vai ouvir o relato da professora Ana Célia da Rosa, uma das vítimas do atentado. Ela precisou passar por uma cirurgia no Hospital das Clínicas, mas recebeu alta nessa terça-feira (28).

O ataque

Na última segunda-feira (27), um  aluno do oitavo ano invadiu a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, com uma faca e atacou professores e outros estudantes.

Câmeras de segurança de uma das salas de aula flagraram o momento em que o agressor golpeia uma professora nas costas e, quando tenta ferir mais uma vítima,  outra professora o agarra por trás para retirar a arma branca da mão dele. Enquanto ela segura o adolescente, uma terceira aparece para arrancar a faca que ele portava.

Na ocasião, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, sofreu uma parada cardíaca e morreu  no Hospital das Clínicas na mesma manhã.

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