O partido Novo entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo uma denúncia contra o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias por prevaricação .
Em ação, a legenda afirmou que Dias "se omitiu do seu dever de adotar providência necessária para a salvaguarda e a proteção do Palácio do Planalto" e pediu a investigação criminal.
O texto foi divulgado pelo presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, e diz que o general "permitiu que danos fossem cometidos contra o Palácio quando poderia ter adotado diversas medidas para mitigá-los ou atenuá-los, através da adoção de medidas de proteção a serem realizadas por militares".
Entenda o caso
Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto reveladas pela CNN Brasil nessa quarta, mostram que no dia dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro, Gonçalves Dias estava no local e chegou a orientar os responsáveis pelos atos a deixarem o Planalto.
Após a repercussão da gravação, o GSI divulgou uma nota informando que o vídeo mostra o momento em que agentes tentavam evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, com o intuito de concentrar os golpistas no segundo andar.
O objetivo era "aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF", quando foi efetuada a prisão dos manifestantes.
Também foi informado que as condutas dos agentes envolvidos nos ataques de 8 de janeiro estão sendo "apuradas", e que, se comprovadas irregularidades, os mesmos podem ser punidos.
Mais tarde, Dias pediu demissão do cargo ao presidente Lula, em reunião no Palácio do Planalto.
O ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Capelli assumiu como secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) interinamente. Embora não oficialmente, Capelli tem status de ministro, substituindo o general Gonçalves Dias.
Depoimento à PF
Na tarde desta sexta-feira (21), Gonçalves Dias deixou a sede da Polícia Federal após prestar cinco horas de depoimento aos investigadores sobre os ataques de 8 de janeiro. Ele deixou o local por volta das 13h30, sem falar com a imprensa.
GDias chegou à sede da PF às 9h. Ele prestou esclarecimentos sobre sua ida ao Palácio do Planalto no dia dos ataques e a sua relação com os invasores.
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