Manifestantes invadiram o Congresso Nacional na tarde deste domingo (8) para protestar contra o resultado das eleições e o uso das urnas eletrônicas. Funcionários do Congresso informaram que há um grupo no salão verde da Câmara dos Deputados.
Caravanas de bolsonaristas chegaram à Brasília nesse sábado (7) para um ato marcado para segunda-feira (9). O ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a solicitar o uso da Força Nacional para manter a segurança da Praça dos Três Poderes.
O grupo, entretanto, seguiu pelas ruas da capital federal e subiu a rampa do Congresso, por volta das 14h30. Além do Congresso, há um grupo protestando na Esplanada dos Ministérios e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Manifestantes entraram em confronto com a Força Nacional e, segundo informações iniciais, um veículo da FN ficou pendurado no espelho d’água do Congresso.
Policiais militares e seguranças da presidência da República informaram haver manifestantes que tentam invadir o Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está no prédio. O petista, neste momento, está em Araraquara (SP) acompanhando os efeitos das fortes chuvas que atingiram a cidade.
Flávio Dino afirmou, por meio das suas redes sociais, que medidas estão sendo tomadas e que "impor a vontade a força não vai prevalecer". Ele ainda disse que está na sede do Ministério da Justiça acompanhando os desdobramentos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), pediu aos parlamentares um tempo para apurar a situação de momento na Casa Legislativa. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, disse que solicitou ao governador do DF, Ibaneis Rocha, a utilização de todo aparato policial para reestabelecer a ordem.
"Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, alem da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência", disse Pacheco.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, também está em contato com autoridades para segurar o avanço dos manifestantes na Suprema Corte.
*Reportagem em atualização