CPMI do 8 de janeiro
Reprodução: TV Senado
CPMI do 8 de janeiro

CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro vota nesta terça-feira (13) os primeiros pedidos de convocação e convite para depoimento. Ainda, será avaliado os requerimentos de compartilhamento de informações sobre a invasão na Esplanada.

O presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA) , pautou 285 pedidos dos deputados e senadores. Somente da relatora do colegiado,  Eliziane Gama (PSD-MA) são 62 requerimentos.

Ainda nesta terça-feira (13), Arthur Maia deve se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes para ver se há possibilidade do magistrado compartilhar informações dos inquéritos da Corte que investigam os atos.

“Tem material bastante volumoso [nos inquéritos]. Alguns desses inquéritos, inclusive, têm natureza sigilosa. Não sei se o ministro terá disposição de compartilhar conosco essas informações. Obviamente, que a CPI também tem poder de buscar as informações na fonte. Mas existe um inquérito em curso e pretendo dialogar com o ministro Alexandre de Moraes”, disse Maia, em entrevista à GloboNews.

Convocações

Entre os requerimentos, está a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário e Marco Edson Gonçalves Dias, General e Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Além de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente; Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF; Jorge Naime, ex-comandante de Operações Polícia Militar do DF; Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF); Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI, entre outros.


No último dia 6, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou seu plano de trabalho e, no documento de 79 páginas, ela pediu que as oitivas comecem com a convocação de Anderson Torres.

"Se inicia com a oitiva do agente público que, na ocasião, ocupava o cargo estratégico no comando da segurança pública do DF. Concomitantemente, serão deliberados os requerimentos de informações, a partir das quais se espera, como natural desdobramento, a investigação dos demais fatos elencados no Requerimento que embasou a instauração desta CPMI", afirmou.

Dias depois, Gama disse que Mauro Cid será um dos primeiros alvos a serem ouvidos pela comissão . Ele tornou-se prioridade após a Polícia Federal encontrar uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e "estudos" para um eventual suporte jurídico caso houvesse um golpe de Estado no país.

“Vamos trabalhar para ele vir primeiro ou imediatamente após o ex-ministro da Justiça Anderson Torres”, afirmou Eliziane à CNN Brasil.

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