A CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro foi instalada na manhã desta quinta-feira (25). A primeira reunião aconteceu para eleger o presidente, vice e relator do colegiado. Após confusões e discordâncias entre os parlamentares, Arthur Maia foi eleito presidente da comissão e convidou Eliziane Gama para compor a mesa.
A sessão foi presidida eventualmente pelo senador mais velho, Otto Alencar (PSD). O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, começou falando que foi acordado, entre os membros do governo e alguns da oposição, que o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) seja o presidente da comissão e a relatoria fique por conta da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) .
A comissão é composta por integrantes 16 integrantes da Câmara e 16 integrantes do Senado, com número igual também de suplentes. Ela foi instalada oficialmente no dia 26 de abril quando o pedido de abertura foi lido pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.
Chapa eleita
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Arthur Maia - presidente
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Cid Gomes - primeiro vice-presidente
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Magno Malta - segundo vice-presidente
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Eliziane Gama - relatora
Segundo o presidente da comissão, as reuniões acontecerão semanalmente toda quinta-feira às 9h.
"Nosso trabalho começará hoje e terá certamente uma duração que pode até ser de 6 meses. Nós não sabemos porque uma investigação quando começa às vezes um fato puxa outro e isso amplia o trabalho”, disse Maia.
Confusão
Logo de início, houve bate boca na primeira reunião da CPMI. O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos) interrompeu a fala do senador Eduardo Girão (NOVO) após ter falado por cinco minutos.
Alencar aumentou a voz quando pediu silêncio ao senador.
"Vossa excelência está sendo antiético, interrompendo o seu colega. Sei da sua procedência na polícia, aqui não é delegacia de polícia não, se mantenha calado. Se comporte como senador, o senhor não tem se comportado como senador em outras datas aqui", disse Otto Alencar aplaudido pelos parlamentares.
Antes de interromper Girão, do Val criticou a relatoria de Eliziane Gama. Segundo o senador, ela é "parcial" por ter amizade com o ministro da Justiça, Flávio Dino.
O senador Omar Aziz rebateu do Val falando sobre o plano de golpe que foi denunciado pelo membro do Podemos em fevereiro deste ano.
Do Val revelou através das redes sociais que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) planejaram um golpe de estado que tinha como objetivo de anular as eleições de 2022.
"A senadora Eliziane é uma senadora igual a todos nós. Eu também sou amigo de Dino e ministros de Lula. Assim como aqui tem pessoas amigas e parentes do ex-presidente Bolsonaro. Diferentemente de outros senadores que foram convidados para gravar ministro para dar um golpe, Eliziane não tem nada assim no currículo dela", disse Aziz.
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