Eliziane Gama (PSB-MA), relatora da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro afirmou que o tenente-coronel Mauro Cid, preso desde o dia 3 de maio , será um dos primeiros alvos a serem ouvidos pela comissão. Ele tornou-se prioridade após a Polícia Federal encontrar uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e "estudos" para um eventual suporte jurídico caso houvesse um golpe de Estado no país.
Em situações decorrentes de perturbação da ordem pública, a GLO permite ao presidente da República convocar uma operação militar das Forças Armadas.
“Vamos trabalhar para ele vir primeiro ou imediatamente após o ex-ministro da Justiça Anderson Torres”, afirmou Eliziane à CNN Brasil.
A comissão irá se reunir na próxima terça-feira (13). Há ainda 13 pedidos para ouvir Mauro Cid, variando entre convocações e convites. Um deles assinado pela relatoria do colegiado.
No momento, o tenente-coronel não é oficialmente um investigado pela CPMI, ele se encontra na condição de testemunha, que tem chances de não comparecer para prestar depoimento.
Em despacho, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Cid "reuniu documentos com o objetivo de obter suporte jurídico e legal para a execução de um golpe de estado".
Ainda de acordo com o documento, o material se tratava "da possibilidade de emprego das Forças Armadas em caráter excepcional destinados a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União".
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