Ministro da Justiça, Flávio Dino
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 16/02/2023
Ministro da Justiça, Flávio Dino

Nesta quinta-feira (20), o  ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que não acredita que o general Gonçalves Dias , ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), esteja "mancomunado" com os responsáveis pelos  ataques ao Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro.

Dino afirmou que o fato de o  general ter pedido demissão não significa que ele seja 'culpado de qualquer coisa'.

"Se alguém detentor de cargo em comissão sai, não significa dizer que ele é culpado de qualquer coisa. Eu conheço muito pouco o GDias, mas de tudo que ouvi, não consigo crer e não acredito que o GDias tenha agido mancomunado ou de conluio com criminosos. Há uma tentativa vil e criminosa de absolver os terroristas e condenar as vítimas. Isso que está em curso no Brasil", disse o ministro.

Nessa quarta-feira (19), Dino participou da reunião de ministros com o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir a crise envolvendo o ex-líder do GSI após a divulgação de imagens pela CNN Brasil,  que mostram Dias dentro do Palácio do Planalto interagindo com os manifestantes, no dia do ataque aos prédios dos Três Poderes.

"Há uma tentativa política, deletéria, nociva, de amigo de terrorista, protetor de terrorista, aliado de terrorista, de financiador de terrorista de criar elementos que embaracem o principal. O principal que está acontecendo desde o dia 8 é a aplicação da lei", afirmou Dino.

Entenda o caso

Imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto reveladas pela CNN Brasil nessa quarta,  mostram que no dia dos  ataques aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro, Gonçalves Dias estava no local e chegou a orientar os responsáveis pelos atos a deixarem o Planalto.

Ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias
Reprodução / CNN Brasil - 19.04.2023
Ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias

Após a repercussão da gravação, o  GSI divulgou uma nota informando que o vídeo mostra o momento em que agentes tentavam evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, com o intuito de concentrar os golpistas no segundo andar.

O objetivo era "aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF", quando foi efetuada a prisão dos manifestantes.

Também foi informado que as condutas dos agentes envolvidos nos ataques de 8 de janeiro estão sendo "apuradas", e que, se comprovadas irregularidades, os mesmos podem ser punidos.

Mais tarde,  Dias pediu demissão do cargo ao presidente Lula, em reunião no Palácio do Planalto.

ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Capelli assumiu como secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) interinamente. Embora não oficialmente, Capelli tem status de ministro, substituindo o general Gonçalves Dias.

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