Em cerimônia na manhã desta segunda-feira (2), a socióloga e presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Nísia Trindade tomou posse como ministra da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
Nísia é a primeira mulher a liderar a pasta da Saúde.
Em discurso, a nova ministra disse que vai revogar portarias e notas técnicas da pasta que "ofendem a ciência, os direitos humanos, os direitos sexuais e reprodutivos".
"Transformaram várias posições do Ministério da Saúde em uma agenda conservadora e negacionista da ciência", afirmou.
Na declaração, Nísia também defendeu ações de combate à fome após a pandemia e falou sobre a importância da aprovação da PEC de Transição .
Na ocasião, a ministra defendeu a vacinação contra a Covid-19 e prometeu o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) . Ela disse que a pasta será guiada pela ciência .
"Nossa gestão será pautada pela ciência e pelo diálogo com a comunidade científica."
O evento foi marcado pela presença de outros seis ministros de Lula : Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social; Esther Dwerk, ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos; Ana Moser, ministra do Esporte; Luciana Santos, ministra da Ciência e Tecnologia; e Cida Gonçalves, ministra da Mulher.
A nomeação de Nísia Trindade foi oficializada por Lula em cerimônia em 22 de dezembro .
Em 2017, a cientista social se tornou a primeira mandatária mulher da história da Fiocruz em 116 anos, um marco na história da instituição. Agora, também deixa sua marca entre as gestões brasileiras ao ser a primeira mulher escolhida para comandar a Saúde.
Nos últimos anos, Nísia participou ativamente dos debates sobre a saúde pública no Brasil, por conta do trabalho da Fiocruz na produção de vacinas contra o coronavírus.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) , somente na pandemia, em 2020, o então mandatário demitiu três ministros da Saúde no período de um ano.
Após discordarem da condução de Bolsonaro durante a pandemia e do udo de medicamentos com ineficácia comprovada contra a doença, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich foram os primeiros a deixarem o posto.
Depois, o cargo passou pelas mãos do general Eduardo Pazuello — exonerado após pressão política . Marcelo Queiroga foi o último ministro da Saúde de Bolsonaro, que encerrou o mandato dele.
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