O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se colocou como pré-candidato à presidência de terceira via, mas não descartou apoiar outro candidato. Segundo Mandetta, tanto ele quanto o partido — Democratas — devem trabalhar na convergência de um nome para 2022.
Embora queira lançar um candidato próprio, o União Brasil— fusão entre Democratas e PSL — esbarra na necessidade de entrar consistência em um nome para não dividir votos com outros partidos nas eleições. A preocupação das legendas é que o lançamento de vários candidatos de terceira via acabe repartindo votos daqueles eleitores contrários à Lula e Bolsonaro. Se acontecer, a divisão provocaria uma alavancada nas candidaturas dos principais concorrentes, já que eles possuem uma gama de eleitores fiéis.
"Para isso, eu me disponho a ser candidato, a compor a chapa, a ser candidato no meu estado para fazer palanque", disse Mandetta, em entrevista para o portal Congresso em Foco.
"Eu conduzi da seguinte maneira: quem quer ser apoiado tem que predispor a dar apoio, é condição de sentar à mesa. Se fragmentar não é o correto", concluiu.
Além de Luiz Henrique Mandetta, João Doria e Eduardo Leite disputam para ser o nome presidenciável do PSDB neste sábado (27). Ambos se colocam como candidatos de terceira via. O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (Podemos), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também estão interessados na cadeira do Planalto.
Para Mandetta, não seria problema entregar santinhos para outros candidatos.
"Ou a não ser nada: posso entregar santinho na rua, não tem problema nenhum"
Sobre a candidatura de Moro, o ex-ministro da saúde prega cautela e afirma ser necessário entender os termos e vontades do ex-juíz federal.
"Eu acho que o Moro é uma entrada forte dentro desse modelo. Eu acho que tem que dialogar, tem que conversar e entender".