O chanceler israelense Israel Katz celebrou o apoio ao governo de Israel feito por manifestantes durante ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ministro das Relações Exteriores agradeceu ao "povo brasileiro" e afirmou que "nem Lula conseguirá nos separar", marcando a conta oficial do presidente da República.
"Muito obrigado ao povo brasileiro por apoiar Israel. Nem Lula conseguirá nos separar", declarou Katz no X (antigo Twitter), em publicação também escrita em português, como as anteriores em que tratou do mesmo assunto.
Katz tem publicado em seus perfis oficiais críticas recorrentes ao presidente Lula (PT), logo após o petista ter afirmado que o governo israelense tem praticado genocídio contra a população palestina e que as ações são semelhantes às praticadas por Adolf Hitler durante a Alemanha nazista.
A postura tem sido uma constante no governo de Israel, que cobra um pedido de desculpas do presidente do Brasil. Netanyahu afirmou que Lula havia "cruzado a linha vermelha" e que as falas do petista são "vergonhosas e graves". Em seguida, o governo de Israel declarou Lula "persona non grata", em medida considerada desproporcional pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Ato de Bolsonaro na Av. Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista nesse domingo, e negou as acusações de tentativa de golpe pelas quais tem sido investigado pela Polícia Federal.
"Tenho muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação", discursou Bolsonaro. "É passar uma borracha no passado, é buscar maneiras de nós vivermos em paz", acrescentou, em apelo para que os presos pela depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes e tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro sejam liberados. "Por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília".
Bolsonaro, contudo, não negou que tenha editado a minuta de golpe de Estado encontrada pela PF no seu escritório, na sede do Partido Liberal em Brasília.
"É joia, é a questão de importunação de baleia, é dinheiro que teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si. A última agora: Bolsonaro queria dar um golpe porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham a santa paciência. Deixo claro que Estado de Sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não", disse o ex-presidente.
"O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. É isso que é golpe, e nada disso foi feito no Brasil".