O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, minimizou a crise diplomática entre Brasil e Israel nesta quinta-feira (22).
Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Rio de Janeiro, o representante norte-americano disse “discordar profundamente” da comparação entre os ataques do governo israelense em Gaza com o Holocausto cometido por Hitler. Apesar disso, o estadunidense ressaltou que a polêmica não afeta a relação entre EUA e Brasil.
“Em relação à comparação da Faixa de Gaza e o Holocausto, eu discordo profundamente. Mas amigos fazem isso [divergir]. Podemos divergir em relação a temas e continuar o trabalho vital que estamos fazendo juntos”, disse Blinken, em entrevista coletiva, após se reunir com Lula em reunião prévia do G20.
Na conversa com a imprensa, inclusive, o secretário de Joe Biden evitou fazer críticas ao presidente do Brasil, enaltecendo o diálogo com Lula, com quem já havia conversado em Brasília, nesta quarta-feira (21).
Aos jornalistas, Blinken ainda fez questão de ressaltar a importância do líder brasileiro em questões fundamentais para o mundo, incluindo a guerra no Oriente Médio. O Brasil, vale lembrar, irá chefiar a reunião do G20 em novembro.
Sanções contra a Rússia
O secretário de Estado dos EUA, mais uma vez, afirmou que a Rússia sofrerá sanções pela morte de Alexei Navalny, principal opositor de Vladimir Putin. As medidas devem ser oficializadas nesta sexta-feira (23).
"Putin viu a necessidade de persegui-lo, envenená-lo e colocá-lo na prisão. Isso não fala só sobre a força do governo russo, mas de sua fraqueza também", disse Blinken.