Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ricardo Stuckert/ PR
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou, nesta segunda-feira (19), que a fala proferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são "uma vergonha e uma desgraça". O petista comparou a atuação de Israel em Gaza ao genocídio de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler , durante a Segunda Guerra Mundial.

"Quero dizer aqui que as palavras ditas pelo presidente do Brasil, Lula, comparando a guerra do Estado de Israel contra o Hamas às ações de Hitler e dos nazistas — que assassinaram e massacraram judeus — são uma vergonha e uma desgraça. É um grave ataque antissemita que profana a memória daqueles que morreram no Holocausto. E gostaria de transmitir ao presidente, em meu nome e dos cidadãos de Israel, que não o perdoaremos e que ele é uma persona non grata no Estado de Israel , até que volte atrás", declarou Katz.

O Itamaraty, diante da delicada situação, optou por adotar o silêncio como estratégia para evitar uma escalada do conflito.

O governo israelense, em resposta às declarações de Lula, convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para prestar esclarecimentos. Esta ação é vista como um claro sinal de descontentamento por parte de Israel. No entanto, fontes do Itamaraty, em caráter reservado, expressaram a expectativa de que a crise possa ser amenizada com o tempo.

Por outro lado, Lula foi elogiado pelo grupo extremista Hamas, que expressou sua "apreciação" pela declaração do presidente Lula sobre o conflito com Israel.

“Essa declaração vem no contexto de uma descrição precisa daquilo a que nosso povo está exposto e revela a grandeza do crime sionista cometido com cobertura e apoio aberto do governo norte-americano liderado pelo presidente Biden”, disse o grupo em comunicado divulgado em seu canal no Telegram.

O Hamas também instou a CIJ (Corte Internacional de Justiça) a considerar a declaração de Lula sobre "as violações e atrocidades" que os palestinos estão "sofrendo nas mãos do Exército" israelense. Segundo o grupo, tais ações "nunca foram testemunhadas na história moderna".

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