Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha durante coletiva no Senado Federal.
ula Marques/ Agência Brasil - 25/03/2024
Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha durante coletiva no Senado Federal.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se referiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro como “fugitivo confesso”. A fala aconteceu durante uma coletiva com jornalistas nesta segunda-feira (25) e faz referência às revelações do jornal estadunidense New York Times, que mostram o ex-chefe do Executivo na Embaixada da Hungria em Brasília.

“Que o Bolsonaro é um fugitivo confesso é zero surpresa. Mais uma vez, ele mostrou os seus planos de fugir”, declarou o ministro a jornalistas na sede do Senado Federal, depois de participar de evento que marca os 200 anos da Casa Alta.

O ministro disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará  “absoluta autonomia institucional” para o Judiciário e a Polícia Federal (PF) decidirem quais medidas serão tomadas a partir da revelação das imagens que mostram que Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria.

A hospedagem aconteceu quatro dias depois de ele ter sido alvo de uma operação da corporação e ter seu passaporte apreendido em 8 de fevereiro de 2024.

“O que as imagens mostram é, mais uma vez, uma confissão de fuga do ex-presidente. Parece que ele só consegue enfrentar o cercadinho dele”, disse. 

Quando perguntado sobre o que a  possível prisão de Bolsonaro poderia representar em um contexto político, o ministro disse que significava o retorno da “normalidade” do funcionamento das instituições.

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Entenda mais do caso

O jornal estadunidense New York Times teve acesso às imagens de quatro câmeras de segurança da embaixada húngara. Elas mostram que Bolsonaro chegou ao local, às 21h37 de 12 de fevereiro e foi embora às 16h15 do dia 14.

O caso ganhou repercussão porque jornal extrangeiro remonta à possibilidade que a ida de Bolsonaro à embaixada da Hungria porque o  ex-presidente estaria buscando refúgio caso fosse decretada a sua prisão.

Essa hipótese se baseia na Convensão de Viena que trata das relações diplomáticas entre os países. Um mandado não poderia ser cumprido pelo fato de a representação diplomática húngara ser território estrangeiro. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, é aliado de Bolsonaro.

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