Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias
Joédson Alves/Agência Brasil - 22/06/2023
Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), depõe nesta quinta-feira (31) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os  atos antidemocráticos do 8 de janeiro, registrados em Brasília. A oitiva começa a partir das 9h.

A sessão já havia sido aprovada em 20 de junho, mas a  definição da data foi confirmada pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), na última semana.

Indicado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gonçalves Dias estava à frente do GSI no dia dos ataques aos prédios dos Três Poderes. O general  deixou o posto em 19 de abril de 2023, após a  divulgação, pela CNN Brasil , de imagens de câmeras de segurança que mostram que ele estava no interior do Palácio do Planalto durante a invasão em Brasília.

A convocação de Dias foi objeto de aproximadamente 100 requerimentos. No início dos trabalhos da CPMI, a comissão chegou a rejeitar o depoimento do general, mas um acordo viabilizou a aprovação dos pedidos. Entre os parlamentares que solicitaram a participação do ex-ministro na CPMI, estão senadores Sergio Moro (União-PR), Magno Malta (PL-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF). 

Imagens de câmeras de segurança mostram Gonçalves Dias dentro do Planalto no momento em que ocorriam os ataques em Brasília
Reprodução
Imagens de câmeras de segurança mostram Gonçalves Dias dentro do Planalto no momento em que ocorriam os ataques em Brasília

Além dos vídeos que mostram o general no Planalto no 8 de janeiro, os senadores citam no requerimento a ordem que teria partido de Dias para a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) adulterar os  alertas enviados a ele sobre a ameaça dos ataques, no relatório que foi entregue ao Congresso Nacional. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo .

O GSI enviou dois relatórios de inteligência ao Congresso após pedido da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI). Segundo os documentos,  11 alertas de mensagens enviadas a G. Dias sobre as ameaças dos atos em Brasília teriam sido suprimidos.

O general já prestou depoimento à CPI da Câmara Legislativa do DF, que também investiga o 8 de janeiro, em 22 de junho. Na ocasião,  negou ter sido conivente com os golpistas que invadiram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Ele também negou ter adulterado os relatórios da Abin sobre o episódio.

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