Augusto Aras
José Cruz/Agência Brasil - 01/10/2019
Augusto Aras

A Procuradoria Geral da República  criou um grupo, nesta quarta-feira (11) para melhor analisar os trabalhos de investigação dos atos golpistas e depredação nas sedes dos Três Poderes , em Brasília , que aconteceram no último domingo (8) .

O núcleo chamado de Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos irá coordenar as ações dentro do MPF (Ministério Público Federal) junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) .

A portaria foi assinada pelo procurador-geral da República Augusto Aras. Ele delegou a coordenação do grupo para o Subprocurador-Geral da República, Carlos Frederico Santos, que poderá escolher os integrantes do órgão.

'A coordenação do Grupo Estratégico de Combate aos Atos
Antidemocráticos será exercida pelo Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, Coordenador da Câmara Criminal (2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal)", escreveu Aras.

Atos golpistas

A ação terrorista na Praça dos Três Poderes deixou um rastro de destruição ao vandalizar o patrimônio público, artístico, histórico e arquitetônico brasileiro. Com uma invasão sendo planejada há cerca de uma semana através das redes sociais, grupos golpistas incitavam a um golpe de Estado no país através da ocupação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

No dia seguinte, em reunião com os 27 governadores na noite desta segunda-feira (9) ,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a Polícia Federal "negligenciou" os atos golpistas e agiu com "conivência".

"Tive que tomar uma atitude forte, porque a polícia de Brasília negligenciou, a inteligência de Brasília negligenciou as invasões [...] No dia da minha diplomação a polícia militar de Brasília acompanhava as pessoas tacando fogo em ônibus, havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes", disse Lula.

O presidente declarou ainda que irá investigar quem financiou a viagem dos golpistas até a capital do Brasil para realizarem os atos antidemocráticos.

"Não é possível um movimento durar o tempo que durou na frente dos quartéis se não tiver gente financiando. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou. Foi muito difícil conquistarmos a democracia nesse país. Precisamos aprender a conviver democraticamente na diversidade. Eles queriam golpe, e golpe não vai ter. Não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos”, disse Lula.

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