O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) , nomeou Elizabeth Regina Nunes Guedes, irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes , para o Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão vinculado ao Ministério da Educação. A ação ocorre a menos de dois meses para o fim do governo.
Além da irmã de Paulo Guedes , o mandatário nomeou outros oito nomes para as Câmaras do CNE . A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (8) e assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Victor Godoy. O mandato de todos os indicados à pasta será de quatro anos.
O CNE é formado por 24 membros e cabe ao grupo a formulação e avaliação da política nacional de educação. O conselho também é responsável pela execução do Plano Nacional de Educação (PNE) e pela emissão de normas e diretrizes para a área.
Elizabeth Guedes
Atualmente, a irmã de Paulo Guedes atua no setor do ensino privado e é presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).
Em abril deste ano, Elizabeth fez críticas à gestão de Bolsonaro , dizendo que a educação não era uma das prioridades do governo do mandatário.
À época, ela afirmou que o tema "não é considerado uma política de Estado" e que os governos só investem no assunto se for algo "mandatório" ou que esteja na Constituição.
"A educação tem sido relegada, e nós temos, no Brasil inteiro, milhões de jovens fora da escola, milhões de meninos que ainda não conseguiram acesso às creches e isso não é considerado importante e prioritário para o governo atual", afirmou Elizabeth.
Anteriormente, em outubro do ano passado, ela já havia dito que o governo federal se dedicou a encontrar soluções para bares e restaurantes durante a pandemia, deixando a educação para segundo plano .
“Cheguei a discutir algumas vezes com o secretário de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia. Estava mais preocupado com bares do que escolas. Bar, eu reabro. É triste que fechem. A gente gosta de tomar chope. Mas reabre fácil. Escola fechada não recupera mais”, afirmou.
Eleições
De acordo com informações do TSE, Lula foi eleito à presidência no domingo (30) com 57.259.504 votos (48,43%) . Derrotado nas urnas, o atual mandatário, Jair Bolsonaro , somou 51.072.345 votos (43,20%).
Desde a redemocratização, essa é a nona eleição. Pela primeira vez, o presidente em exercício não foi reeleito, desde 1998 , quando foi instituída a possibilidade de um segundo mandato na Constituição Federal.
Outro dado histórico, como apontou o iG , é que, desde 1989, os líderes das pesquisas de intenção de voto sempre terminaram eleitos . Além disso, Lula alcançou a maior quantidade de votos para um presidente da República eleito .
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