Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF
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Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal ( PRF ), Silvinei Marques , pediu ao ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), estender o prazo de apresentação do relatório completo de multas aplicadas durante as manifestações pró-Bolsonaro , iniciadas após o resultado das eleições 2022  no dia 30 de outubro.

“Em razão da exiguidade do lapso temporal que nos foi assinalado para resposta e do volume de dados a serem processados, não houve tempo hábil para organizar as informações numa planilha única. Dessa forma, para agilizar o processo e atender essa Colenda Corte, estamos encaminhando as informações tal como nos foram confiadas pelas Regionais, solicitando dilação de prazo para bem remeter-vos as informações devidamente atualizadas e organizadas em planilha, tal qual o Relatório circunstanciado contendo todas as multas aplicadas por esta PRF”, afirmou o diretor da PRF.

Na última quinta-feira (3), Moraes determinou que a PRF apresentasse dados detalhados sobre as multas aplicadas aos proprietários dos veículos que bloquearam rodovias pelo país em atos antidemocráticos . O ministro deu o prazo de 48 horas para que a decisão fosse cumprida.

“Determino à Polícia Rodoviária Federal para que informe documentalmente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a evolução, por ente federado, do efetivo policial rodoviário federal mobilizado, em atuação e em pronto-emprego, entre 28 e outubro até a presente data. Determino, ainda, sejam informados os eventuais recrutamentos realizados para o segundo turno das eleições de 2022, devendo haver detalhamento das lotações de origem dos policiais, bem como para onde foram enviados em missão”, escreveu Moraes.

Bloqueios nas rodovias

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal Frederico Paiva, que investiga os  bloqueios nas estradas , disse suspeitar que os grupos de manifestantes tenham um financiamento oculto .

"Os caminhoneiros tinham cobertura por trás. Ninguém abre mão de trabalhar por todo esse tempo se não há cobertura financeira por trás", afirmou, em entrevista à  GloboNews  nesta segunda-feira (7).

De acordo com ele, as investigações relacionadas aos atos precisam avançar para chegar a alguma conclusão, mas os indícios apontam que houve crime eleitoral e prevaricação por parte da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"Em relação à PRF , o que a gente questiona é essa suposta falta de ação logo após o resultado eleitoral, quando começaram esses bloqueios em rodovias federais. A gente quer saber se essa omissão da PRF tem alguma motivação política", afirmou.

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