O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o ex-secretário da Receita Federal e vice de Soraya Thronicke na campanha eleitoral à presidência, Marcos Cintra, preste depoimento à Polícia Federal a respeito das alegações falsas, publicadas no Twitter de Cintra, sobre as urnas eletrônicas e o resultado do segundo turno das eleições deste ano.
A rede social baniu o ex-secretário da plataforma após uma sequência de sete tuítes em que ele afirma que tem dúvidas sobre o sistema eleitoral e que não acredita que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seja cúmplice.
"Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente, não há uma única urna em todo o país onde Bolsonaro tenha 100% dos votos", escreveu Cintra na plataforma antes de ser banido. "Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema".
A PF deve notificar Cintra e fazer a oitiva acerca do conteúdo publicado em até 48 horas. A decisão foi dada no âmbito do inquérito que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas, relatada pelo presidente do TSE.
"Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais", disse Moraes na decisão.
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