O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se manifestou publicamente pela primeira vez, nesta terça-feira (12), sobre a sua preferência no comando do Senado , sinalizando apoio ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato do atual presidente da Casa , Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã, Bolsonaro disse que o PT resolveu apoiar o senador por quem ele tem simpatia , mas não citou o nome de Pacheco explicitamente.
"O PT resolveu apoiar quem eu tô... quem eu tenho simpatia no Senado. Eu nunca conversei com deputados do PT, PCdoB e PSOL. Nem eles procuraram falar comigo, porque eu já sei qual é a proposta deles", disse Bolsonaro , em trecho de vídeo divulgado pelo assessor especial da Presidência Tércio Arnaud, por volta das 15h.
Antes de comentar sobre a disputa no Senado, o presidente insistiu na defesa de que a bancada ruralista da Câmara vote no seu candidato à presidência da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL) .
"O agronegócio nunca lucrou tanto. Não pararam nem na pandemia. Agora quando eu peço pra votar numa pessoa que vai fazer a reforma agrária, que vai fazer a regularização fundiária pra acabar com aquela história de que a Amazônia pega fogo só no meu governo. Porque se fizer a regularização fundiária, nós vamos saber que aquela terra que desmatou ou pegou fogo vamos saber de quem é o CPF daquela pessoa. E o atual presidente da Câmara [Rodrigo Maia] ainda não permitiu que isso fosse votado lá", declarou.
Ao reiterar o pedido à bancada ruralista, ele disse que os dissidentes integram uma minoria, mas que pode decidir a disputa contra o candidato apoiado por Maia, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) .
"Então o que eu peço agora para a bancada ruralista , que é uma minoria, mas pode decidir, é que veja o que nós fizemos ao longo de dois anos, o que vocês lucraram, o que o Brasil lucrou com vocês também", falou.
"Agora a gente não aguenta dois anos com uma pauta trancada, voltada para interesses de PT, PCdoB e PSOL", concluiu Bolsonaro .