Na série “crimes bárbaros que mexeram com a opinião pública em 2021” está a morte do menino Henry Borel , de 4 anos. O garoto veio a óbito no dia 8 de março, com diversas lesões graves no corpo, segundo o laudo do Instituto Médico-Legal. Os principais suspeitos são a mãe dele, a professora Monique Medeiros, e o então padrasto, o vereador Dr. Jairinho.
O agora ex-casal é acusado de homicídio triplamente qualificado, coação de testemunha e tortura. Presos desde o dia 8 de abril, os dois acompanham as audiências de instrução atualmente, etapa do processo em que as testemunhas são ouvidas.
Relembre pontos importantes sobre o caso:
Registro de agressões
Logo no início das investigações, a perícia indicou que a morte do menino foi provocada por uma hemorragia interna e uma laceração no fígado causada por uma ação contundente. Com isso, a polícia descartou a possibilidade de que ele tenha falecido por conta de um acidente, como relatado pela mãe e pelo padrasto.
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Cada um por si
Jairinho e Monique começaram a responder pelo crime como casal, mas pouco após a prisão, eles passaram a ter defesas individuais e começaram a se atacar . Em uma carta, Monique relatou uma série de violências e crises de ciúme de Jairinho. Ela disse ainda que teria sido ele quem encontrou o menino no chão e sugeriu que a criança havia caído da cama.
Em outro texto, a professora também contou que os dois haviam combinado uma "versão inventada" sobre a morte de seu filho, mas que decidiu falar a verdade após tomar conhecimento do depoimento de uma ex-namorada de Jairinho. Já a defesa dele diz que tudo não passa de uma peça de ficção
.
Depoimentos da babá
Inicialmente, a babá Thayná de Oliveira Ferreira, que trabalhava na casa do casal, disse que a relação entre o vereador e o menino era harmoniosa. Depois, a polícia obteve acesso a conversas em que ela relatava a Monique agressões que Jairinho teria feito contra Henry . Além disso, os agentes apontam que Thayná e a doméstica Leila Rosângela de Souza se reuniram com o advogado de Dr. Jairinho e Monique dias antes de depor.
Depois disso, em um segundo depoimento, Thayná confirmou que o menino sofria agressões por parte do padrasto, com o conhecimento da mãe, até que na audiência realizada em outubro ela voltou atrás. Na terceira oitiva, a babá disse que nunca presenciou ou teve conhecimento de violências cometidas por Jairinho contra a criança. Com tantas mudanças, ela foi indiciada por falso testemunho
em relação ao seu primeiro depoimento.
Outras acusações contra Dr Jairinho
Diante da repercussão do caso Henry Borel, Jairinho passou a ser investigado por tortura a outras duas crianças. As vítimas também são filhas de ex-namoradas do médico . Em meio a esses desdobramentos, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou o mandato dele como vereador em uma decisão inédita.