
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa Israel e o Irã de violar o cessar-fogo nesta terça-feira (24), horas após ele tê-lo anunciado. Segundo o líder estadunidense, o acordo deveria ter entrado em vigor no início da manhã.
Em sua rede social Truth, Trump expressou sua frustração e alertou Netanyahu sobre um possível novo ataque: " Israel, não jogue suas bombas. Se fizer isso, será uma grande violação. Traga seus pilotos para casa, agora! ", publicou.

Trump diz "não estar feliz"
Donald Trump deixou a Casa Branca para uma viagem a uma cúpula da OTAN em Haia nesta terça. Antes de embarcar, ele disse aos repórteres que "não estava feliz" com nenhum dos lados por violar a trégua, particularmente com Israel, que, segundo ele, "desistiu" logo após concordar com ela.
Na conversa com os jornalistas, Trump também afirmou que " basicamente, temos dois países que lutam tanto e com tanta força que não sabem o que estão fazendo ."
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que ordenou que os militares realizassem novos ataques contra alvos em Teerã em resposta ao que ele disse serem mísseis iranianos disparados em uma "violação flagrante" do cessar-fogo, informa a agência Reuters .
O Irã negou ter lançado qualquer míssil e disse que os ataques de Israel continuaram por uma hora e meia além do horário previsto para o cessar-fogo começar.
Anúncio de cessar-fogo
Na segunda-feira, Trump anunciou o cessar-fogo com uma publicação no Truth Social: " O cessar-fogo está em vigor. Por favor, não o viole! "
De acordo com o que foi divulgado pelos EUA, Irã e Israel chegaram a um acordo para um cessar-fogo completo e total, previsto para começar no início desta terça.
Segundo Trump, a trégua terá início oficialmente com o Irã e, após 12 horas, será a vez de Israel cessar as operações. " Dentro de 24 horas, o fim oficial do que chamou de 'Guerra dos 12 dias' será celebrado pelo mundo ", relatou em sua rede social.
Nenhum dos dois países envolvidos no conflito confirmou o acordo oficialmente. Horas após o anúncio, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que não há acordo ou suspensão das operações militares.