O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou que o país está oferecendo uma recompensa de até US$ 5 milhões (cerca de R$ 25,2 milhões) por "informações que levem à prisão ou condenação de co-conspiradores e mentores" do assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, em agosto deste ano.
Além disso, o governo dos Estados Unidos está oferecendo uma quantia de até US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) "por informações que levem à identificação ou localização de qualquer indivíduo que ocupe uma posição-chave de liderança no grupo de Crime Organizado Transnacional, responsável pelo homicídio", anunciou Blinken nessa quinta-feira (28).
"Os Estados Unidos continuarão a apoiar o povo do Equador e a trabalhar para levar à justiça indivíduos que procuram minar os processos democráticos através de crimes violentos", acrescentou Blinken.
Fernando Villavicencio foi atingindo por tiros ao ser assassinado durante comício político na capital do país em 9 de agosto.
Ao menos nove pessoas ficaram feridas durante o atentado e seis colombianos foram presos pelo crime. Outro homem acusado de atirar contra Villavicencio morreu no confronto com um dos seguranças do político.
"A investigação, apoiada pelo FBI, continua identificando outros envolvidos no assassinato", disse Blinken.
A facção criminosa Los Lobos reivindicou a autoria do assassinato.
Horas após o ataque, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou estado de exceção no país e manteve as eleições presidenciais para o dia 20 de agosto. O segundo turno, que acontece em 15 de outubro, será disputado pela esquerdista Luisa González (34%) e pelo direitista Daniel Noboa (23%).