Sudão enfrenta onda de violência que já matou mais de 400 pessoas
Divulgação/Ansa
Sudão enfrenta onda de violência que já matou mais de 400 pessoas


O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou nesta segunda-feira (24) que os generais em guerra no Sudão concordaram com um cessar-fogo de três dias a partir da meia-noite de hoje, após ofertas anteriores para encerrar o conflito que falharam rapidamente.

"Após intensas negociações nas últimas 48 horas, as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF) concordaram em implementar um cessar-fogo nacional efetivo a partir da meia-noite de 24 de abril, com duração de 72 horas. Durante este período, os Estados Unidos exortam a SAF e a RSF a manter imediata e totalmente o cessar-fogo", disse Blinken em um comunicado.

"Para apoiar um fim duradouro dos combates, os Estados Unidos se coordenarão com parceiros regionais e internacionais e partes interessadas civis sudanesas para ajudar na criação de um comitê para supervisionar a negociação, conclusão e implementação de uma cessação permanente das hostilidades e ajuda humanitária."


"Continuaremos a trabalhar com as partes sudanesas e nossos parceiros em direção ao objetivo comum de um retorno ao governo civil no Sudão", finalizou a nota o secretário de Estado norte-americano.

O país africano vive uma onda de combates entre as forças de segurança do governo, liderado pelo general Abdel Fatah al-Burhan, que tomou o poder após um golpe no ano passado, e as chamadas Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), uma organização paramilitar que rompeu com o atual líder do país e é comandada por Mohamed Hamdan Degalo (também conhecido como Hemedti).

Segundo o último boletim divulgado pelos sudaneses, 427 mortes já foram confirmadas entre civis, militares e rebeldes e mais de 3,7 mil pessoas foram feridas.

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