Destruição em Uman, na Ucrânia, após bombardeio russo
Reprodução/Twitter @ZelenskyyUa - 28.04.2023
Destruição em Uman, na Ucrânia, após bombardeio russo

Nesta terça-feira (16), a  Ucrânia disse ter derrubado seis mísseis hipersônicos russos Kinzhal em uma noite. Esta foi a primeira vez que Kiev alegou ter atingido uma série inteira de mísseis  desse tipo — os que  Moscou havia considerado quase impossível de deter.

No início desta terça, sirenes avisando sobre um ataque aéreo tocaram em quase todo o território ucraniano, podendo ser ouvidas por mais de três horas. Autoridades do país informaram que três pessoas foram feridas pelos destroços.

"A missão do inimigo é semear pânico e criar caos. No entanto, na zona operacional norte (incluindo Kiev), tudo está sob controle total", disse o comandante das forças conjuntas das Forças Armadas, general Serhiy Naev, à agência de notícias Reuters .

Os mísseis que a Ucrânia disse ter detido faziam parte de uma série de 18, disparados pela Rússia durante a última noite. Esse tipo de projétil tem capacidade para viajar até 10 vezes a velocidade do som.

Autoridades ucranianas disseram que todos foram interceptados com sucesso.

"Foi excepcional em sua densidade. O número máximo de mísseis de ataque no menor período de tempo", afirmou o chefe da administração militar da cidade de Kiev, Serhiy Popko, no Telegram .

Já a Rússia, afirmou ter destruído um sistema de defesa de mísseis Patriot, construídos nos  Estados Unidos, com um míssil Kinzhal, segundo a agência de notícias militar Zvezda.

Conforme as informações, os ataques teriam sido direcionados a unidades de combate ucranianas e locais de armazenamento de munição.

Contraofensiva ucraniana

O ataque russo acontece em um momento em que a  Ucrânia se prepara para uma contraofensiva.

No fim do mês passado, o  ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, disse que as forças ucranianas estão prontas para uma contraofensiva, após  bombardeios russos atingirem diversas cidades, incluindo a capital Kiev.

"Os preparativos chegaram ao fim", afirmou Reznikov ao falar sobre a contraofensiva, que já vem sendo prevista por analistas há semanas.

No último dia 11, porém, o  presidente Volodymyr Zelensky disse que o Exército ucraniano ainda precisa de mais tempo para dar início a um contra-ataque.

"Com [o que temos] podemos seguir adiante e ter sucesso. Mas haveria muitas baixas, o que para mim é inaceitável. Então, temos que esperar", afirmou Zelensky, em entrevista à emissora BBC .

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