Nesta quarta-feira (15), o número de mortes em decorrência do ciclone Freddy no Maláui , no sul do continente africano , subiu para 225. É o segundo dia que a tempestade atinge o país.
De acordo com o Departamento de Gestão de Desastres nacional, também há 41 desaparecidos e 707 feridos devido às chuvas fortes, que ainda assolam o território.
Socorristas também fazem operações de resgate. Conforme o porta-voz da Cruz Vermelha no país Feliz Washoni, o maior desafio são as enchentes , já que a destruição de pontes tem dificultado o acesso às vítimas. À agência de notícias AFP , ele disse que as pessoas têm sido resgatadas do alto de árvores e telhados.
Em menos de um mês, esta é a segunda vez que o ciclone atravessa a África Meridional. Ele saiu da região no final de fevereiro e voltou no início de março. Mortes também foram registradas em Moçambique e Madagascar .
No Maláui, os óbitos ocorreram, principalmente, em Chilobwe, vila próxima de Blantyre, centro financeiro e comercial da nação. Como o povoado é localizado em uma colina, ocorreram vários deslizamentos de terra.
"Há pessoas mortas por toda parte. Todos perderam alguém", afirmou Fadila Njolomole, de 19 anos, à AFP .
Segundo o Braço das Nações Unidas para assuntos climáticos, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy deve se tornar o ciclone tropical mais duradouro já registrado. Ele foi formado na primeira semana de fevereiro, no noroeste da Austrália .
Ao mesmo tempo em que luta contra a tempestade, o Maláui também combate o surto de cólera mais mortal de sua história. Agências da ONU informaram que a destruição causada pelo ciclone pode piorar a situação da doença.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.