Dezenas de diplomatas boicotaram dois discursos do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em painéis da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira. O Brasil não fez parte do grupo .
Vídeos do momento mostram que o representante brasileiro se manteve no plenário, assim como os representantes da Venezuela, Iêmen, Argélia, Síria, Tunísia e China.
O Brasil não costuma tomar lados em conflitos, posição que tem sido reforçada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em seus discursos. Por outro lado, o chefe do Executivo nacional reforça a importante relação comercial que o Brasil tem com a Rússia e o apoio que recebeu do presidente russo Vladimir Putin quanto à soberania do Brasil na Amazônia.
Em meio a isso, o embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, apoiou a resolução que condenava a invasão russa.
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No caso mais recente, os discursos de Lavrov foram gravados e depois transmitidos em Genebra. Segundo a Folha de S. Paulo, o primeiro ocorreu na Conferência sobre Desarmamento, e o segundo, no Conselho de Direitos Humanos.
Lavrov falou sobre o plano da Ucrânia de adquirir armas nucleares, o que classificou como um perigo para a segurança internacional, especialmente para os países envios. Esse argumento é visto por opositores da Rússia como uma desculpa para a guerra.
O motivo declarado é o interesse do governo ucraniano em integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar do Ocidente.