Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky
Reprodução/Twitter
Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , gravou uma mensagem com tons dramáticos direcionada à União Europeia nesta terça-feira, um dia após requerer oficialmente a adesão de seu país ao bloco por meio de um mecanismo expresso de ingresso. Zelensky pediu para a UE para provar que está do lado da  Ucrânia em sua guerra com a Rússia permitindo sua integração no bloco:

"A União Europeia será muito mais forte conosco, com certeza. Sem vocês, a Ucrânia ficará solitária", disse Zelenskiy ao Parlamento Europeu por videoconferência. "Provem que vocês estão do nosso. Provem que vocês não vão nos deixar ir embora. Provem que vocês são realmente europeus, e então a vida vencerá a morte e a luz vencerá as trevas. Glória para a Ucrânia".

Zelensky, que, antes de ser presidente, tornou-se conhecido como ator cômico, ganhou forte popularidade no Ocidente, por sua liderança marcada por mensagens de unidade, calma e encorajamento enquanto seu país está sob ataque.

Na sessão no Parlamento Europeu, a grande maioria dos deputados tinha placas escritas "Nós estamos com a Ucrânia".

O líder ucraniano tem obtido forte apoio das potências europeias, que mostraram-se dispostas a empreender esforços severos e arcar com pesados custos para apoiá-lo. Isto inclui o envio de armas, de dinheiro e sanções que só foram vistas contra Irã, Coreia do Norte e Venezuela.

 O apoio a seu país também significou, por exemplo, uma mudança radical de política na Alemanha, que pela primeira vez desde a Segunda Guerra enviou armamentos diretamente para um país em guerra, e dobrou

Na sessão, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acusou a Rússia de "terrorismo geopolítico" pela invasão da Ucrânia, e destacou a unidade da UE na condenação desta ofensiva militar.

"Não é apenas a Ucrânia que está sob ataque. O direito internacional, a ordem internacional baseada em regras, a democracia, a dignidade humana também estão sob ataque. Isso é terrorismo geopolítico, puro e simples", disse Michel em seu discurso.

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Em sua visão, a Rússia lançou uma ofensiva baseada em "mentiras abjetas".

Por seu lado, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou que não é apenas o destino da Ucrânia que está em jogo devido à ofensiva militar, mas o da Europa e, portanto, a situação exige uma resposta coletiva.

"O destino da Ucrânia está em jogo, mas nosso próprio destino também. Devemos mostrar o poder que está em nossas democracias", disse von der Leyen.

Para Von der Leyen, "a forma como respondemos ao que a Rússia está fazendo determinará o futuro do sistema internacional".

A União Europeia está sob forte pressão para conceder proteção à Ucrânia, mas o processo de adesão do bloco tradicionalmente leva vários anos, em alguns casos quase uma década, de negociações e reformas internas.

Nesse mesmo dia, Michel admitiu que a adesão imediata da Ucrânia gerou "opiniões diferentes". É necessário apoio unânime dos 27 membros do bloco para a adesão.

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