Abraham Weintraub anunciou sua saída do MEC na última quinta-feira (18).
Agência Brasil
Abraham Weintraub anunciou sua saída do MEC na última quinta-feira (18).

Após  alterar o ato de exoneração de  Abraham Weintraub do Ministério da Educação, passando a data de sábado para sexta-feira, o governo alegou que o próprio Weintraub havia pedido originalmente que a sua saída do cargo valesse a partir de sexta. A exoneração foi publicada depois de Weintraub ir para os Estados Unidos , mais de 36h após o anúncio da saída dele da pasta.

Weintraub anunciou que deixaria o governo em um vídeo publicado na tarde de quinta-feira. Na manhã de sexta-feira, publicou que sairia do Brasil "o mais rápido possível". Ainda na sexta, saiu do país e foi para os Estados Unidos. No sábado, depois que ele já havia chegado, foi publicada sua exoneração, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Edições extras do DOU em fins de semana não são comuns.

Nesta terça-feira, o governo retificou o decreto de exoneração, afirmando que ele valia a partir de sexta-feira, e não mais sábado. Ou seja, quando entrou nos Estados Unidos, Weintraub não era mais ministro da Educação.

A Secretaria-Geral, responsável pela elaboração e publicação dos atos no Diário Oficial, divulgou nota afirmando que a carta em que Weintraub pediu a sua exoneração só foi entregue ao titular da pasta, Jorge Oliveira, no sábado. De acordo com a nota, a "entrada oficial do documento" no ministério ocorreu na segunda-feira.

Ainda segundo a secretaria, Weintraub havia solicitado que a sua exoneração ocorresse a partir de sexta-feira, e por isso o ato foi alterado. A carta de demissão não foi divulgada.

O governo americano fechou as fronteiras do país a brasileiros por conta do coronavírus, com uma exceção para funcionários governamentais com passaporte diplomático. No sábado, o Ministério da Educação (MEC) disse não ter informações sobre o tipo de passaporte usado por Weintraub para sair do país e entrar nos Estados Unidos.

A norma do governo americano determina que aqueles que "contornarem a aplicação dessa proclamação através de fraude, deturpação intencional de um fato material ou entrada ilegal serão prioridades na remoção pelo Departamento de Segurança Interna".

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