O Prêmio Nobel foi criado pelo químico, inventor e empresário sueco Alfred Nobel (1833-1896), que patenteou mais de 350 produtos ao longo da vida — como a borracha, o couro sintético e o explosivo dinamite.
Desde 1901, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados. Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos.
Ao longo do tempo, outras categorias do famoso prêmio foram criadas e uma das mais importantes é justamente a que premia ações, condutas ou o conjunto de toda uma vida dedicada à paz. Ganhar o Nobel da Paz é, assim, sinal de grande prestígio. Na América Latina, o escritor Adolfo Perez Esquivel foi premiado uma vez. E já se tentou conceder a mesma láurea ao presidente Lula, o que, até o momento, não obteve êxito.
Em 2024, a organização civil japonesa (não governamental) Nihon Hidankyo foi a vencedora do prêmio. O foco dessa organização é a redução das armas nucleares . Criada nos anos 1950 na esteira dos horrores nucleares advindos do bombardeio à Hiroshima e Nagasaki, no Japão, seu foco se ampliou para todo o mundo, como uma busca por uma cultura de paz e desarmamento.
O prêmio para uma organização com esse perfil vem em boa hora, afinal, o mundo enfrenta no momento duas guerras -- Israel x Palestina e Rússia x Ucrânia -- com a virtual participação, no caso do conflito no Oriente Médio, de Irã e as entidades Hezbollah e Hamas. Há fortes suspeitas de que o Irã possa ter tecnologia para fazer, no mínimo, uma bomba atomica de força parcial, uma bomba "suja".
A Rússia frequentemente ameaça usar seu armamento atômico contra a Ucrânia e, neste caso, seu arsenal atômico é real e bem conhecido. Que o prêmio em questão sirva de inspiração a todas essas nações para se criar uma cultura de paz.
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