O presidente do Irã Masud Pezeshkian busca apoio tanto para diminuir a resposta israelense quanto para se proteger em caso de uma escalada militar
ATTA KENARE
O presidente do Irã Masud Pezeshkian busca apoio tanto para diminuir a resposta israelense quanto para se proteger em caso de uma escalada militar

O governo iraniano está em alerta e intensificou seus esforços diplomáticos junto a outros países do Oriente Médio para tentar reduzir a possível retaliação de Israel após o lançamento de mísseis iranianos no início de outubro.

Segundo a CNN , Teerã busca apoio tanto para diminuir a resposta israelense quanto para se proteger em caso de uma escalada militar.

A principal preocupação do Irã é a incerteza sobre se os Estados Unidos conseguirão convencer Israel a não atacar suas instalações nucleares e petrolíferas . Além disso, o enfraquecimento do Hezbollah, sua principal milícia na região, devido a ataques israelenses nas últimas semanas, contribui para a apreensão iraniana.

Autoridades norte-americanas estão em contato com Israel para discutir possíveis respostas ao ataque de 1º de outubro, deixando claro que os EUA não desejam que Israel mire nas instalações nucleares ou petrolíferas iranianas. O presidente  Joe Biden conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira (9), após quase dois meses sem contato, e ressaltou que qualquer retaliação deve ser "proporcional".

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No entanto, fontes afirmam que a influência dos EUA sobre Israel tem diminuído. Israel tem ignorado apelos de Washington por maior cautela, especialmente em suas operações no Líbano, onde sua ofensiva já matou mais de 1.400 pessoas desde o fim de setembro.

Preocupação no Golfo


Aliados dos EUA no Golfo, como os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Catar, também expressaram preocupação com um possível ataque às instalações petrolíferas iranianas, alertando para os impactos econômicos e ambientais que isso traria para toda a região. Um diplomata árabe revelou que esses países têm pressionado Washington para evitar tal escalada.

O gabinete de segurança de Israel ainda não chegou a uma decisão definitiva sobre como proceder em relação ao Irã. Apesar das discussões estarem em andamento, um funcionário israelense que não há garantias de que Israel não atacará as instalações nucleares iranianas. 

O país tem um histórico de planejar operações contra as capacidades nucleares do Irã, incluindo ataques simulados e cibernéticos. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, foi enfático em sua declaração:

 "Nosso ataque será poderoso, preciso e, acima de tudo, surpreendente. Eles não vão entender o que aconteceu e como aconteceu", afirmou Gallant na quarta-feira (9).

Tentativas de mediação


O Irã, por sua vez, tem buscado apoio diplomático, especialmente da Arábia Saudita, para evitar uma ofensiva israelense. Autoridades iranianas se reuniram com representantes sauditas três vezes em menos de um mês. O ministro iraniano de Relações Exteriores, Abbas Araghchi, visitou a Arábia Saudita na quarta-feira para discutir os "desenvolvimentos regionais" e os esforços para conter as ações israelenses no Líbano e em Gaza.

Ataque durante o Yom Kippur


Na tarde deste sábado, Israel bombardeou um mercado localizado na cidade libanesa de Nabatieh, a cerca de 10 km da fronteira entre os dois países, informou a agência oficial libanesa ANI.

O exército israelense havia pedido aos habitantes de 25 localidades, entre elas Nabatieh (sede de governos regionais e hospitais), que se deslocassem para o norte, enquanto aumentava os bombardeios e iniciava incursões terrestres pelo sul do Líbano.

Ataque de 1º de outubro


A Guarda Revolucionária Iraniana confirmou que lançou mísseis contra Israel no dia 1º de outubro. De acordo com a imprensa local, foi possível ouvir  explosões em Tel Aviv. 

O Exército de Israel afirma que interceptou um "grande número" de mísseis, e que mais de 200 foram disparados. O ataque marca um aumento na tensão no Oriente Médio após as ofensivas israelenses sobre a Faixa de Gaza e no Líbano.

Segundo o Irã, o ataque foi uma resposta à morte dos líderes do Hezbollah, incluindo o chefe Hassan Nasrallah. "Em resposta ao martírio de Ismail Haniyeh, Hassan Nasrallah e (comandante da Guarda) Nilforoshan, visamos o coração dos territórios ocupados", disse a Guarda Revolucionária Iraniana, em comunicado.

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** Formado em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba e Técnico de Locução de Rádio pelo Senac. Gosta de contar boas histórias e de conhecer novas pessoas. Amante de esportes, também gosta de pets, animes e de uma boa conversa.

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