Na tarde desta segunda-feira (27), o responsável pelo ataque a faca na Escola Estadual Thomazia Montoro , em São Paulo , presta depoimento no 34º Distrito Policial (DP) - Vila Sônia. O agressor, de 13 anos, é acompanhado pelo pai, que também é ouvido pelos policiais. Até o momento, a polícia já ouviu 32 pessoas.
Além deles, Cíntia, a professora de educação física que conseguiu imobilizar o adolescente e fazer com que a faca fosse retirada da mão dele , presta depoimento no 34º DP. Outros professores da instituição e alunos (acompanhados dos responsáveis) também estão na delegacia esperando para serem ouvidos.
Um aluno que era da sala do autor do atentado já prestou depoimento e foi visto deixando a delegacia. Segundo apurou a reportagem, ele tentou parar a briga relatada por outro estudante ao iG envolvendo o agressor.
Outro aluno, de 16 anos, afirmou que o ataque teria ocorrido após uma briga na escola. "Ele era muito quieto", afirmou. "Aconteceu por causa de uma briga na escola. Aí a professora foi separar, conversou com o menino e, nisso, ele falou que não gostou da professora, do jeito [que ela conduziu a situação], e fez isso."
Familiares da professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, que morreu após o ataque , também depõem aos agentes.
Na manhã de hoje, um aluno invadiu a escola estadual na capital paulista com uma faca e atacou estudantes e docentes da instituição . Na ocasião, três professoras e um aluno ficaram feridos.
Uma das professoras, porém, não resistiu. Elisabete Tenreiro sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital das Clínicas ainda nesta manhã.
Câmeras de segurança de uma das salas de aula flagraram o momento em que o agressor golpeou uma professora nas costas e, enquanto tentava ferir mais uma vítima, outra professora o agarra por trás para retirar a arma branca da mão dele . Enquanto ela segura o adolescente, uma terceira aparece para arrancar a faca que ele portava.
Ao iG , alunos da escola relataram que o agressor sofria bullying e rebatia as ofensas dizendo que "ia matar todo mundo". Os estudantes chegaram a mencionar que o suspeito teria se inspirado no massacre de Suzano (SP), que deixou 10 mortos, entre alunos e professores, em 2019 .
Mais cedo, policiais informaram que ele planejava o ataque há dois anos , mas as motivações do crime ainda estão sendo investigadas.
O responsável pelo atentado foi aluno da escola, havia pedido transferência e retornado para a Thomazia Montoro no dia 15 de março, segundo o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder.
"Durante o período de permanência dele aqui, a diretora Vanessa não tinha nenhum aviso, não tinha ciência de nada que chamasse a atenção. A escola foi pega desprevenida", afirmou ele, durante coletiva de imprensa .
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