Presidente Jair Bolsonaro (PL) falando à imprensa
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 26/10/2022
Presidente Jair Bolsonaro (PL) falando à imprensa

Pouco mais de um mês antes de deixar o governo , o atual mandatário derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL) , nomeou aliados para fazerem parte da  Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP). Os mandatos para os cargos têm duração de três anos.

De acordo com publicação no Diário Oficial da União, os indicados foram Célio Faria Júnior, ministro-chefe da Secretaria de Governo, e João Henrique Nascimento, que é assessor especial da Presidência.

A CEP , segundo o governo, é composta por seis membros escolhidos pelo chefe do Executivo. Os nomeados podem ser reconduzidos ao cargo.

Ainda, na mesma decisão, datada de 18 de novembro, Roberto Muniz Codignoto foi dispensado da função de membro da Comissão, a partir de 6 de setembro de 2022. Conforme o texto, o motivo foi renúncia.

A Comissão de Ética Pública da Presidência foi criada em 1999, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso , com o objetivo de analisar a conduta de servidores públicos federais. A CEP também investiga autoridades em situações que implicam em conflitos de interesses.

Eleições 2022

O segundo turno das  eleições ocorreu no dia 30 de outubro. Depois de 20 anos de sua primeira vitória,  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu novamente o pleito e governará o Brasil pela terceira vez . Ele derrotou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e assumirá o Planalto a partir de janeiro de 2022.

De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), o petista obteve 50,90% (60.345.999) dos votos, enquanto o atual mandatário, teve 49,10% (58.206.354).

Desde a redemocratização, essa foi a nona eleição.  Pela primeira vez, o presidente em exercício que tentou a reeleição não terminou eleito . Como apontou o iG , os  líderes nas pesquisas sempre terminaram eleitos .

Além da Presidência da República, 12 estados também tiveram a definição do novo governador somente no segundo turno, e oito municípios realizaram eleições suplementares para prefeito.

Bolsonaro demorou a se manifestar

Após o resultado do pleito , Bolsonaro passou mais de 44 horas sem se manifestar sobre as eleições ou aparecer publicamente. O mandatário se recolheu logo depois da vitória de Lula e avisou a todos os aliados que não gostaria de visitas e só iria conversar com a equipe no dia seguinte.

A segunda-feira (31) foi de expectativa do atual presidente emitir uma nota, pronunciamento ou manifestação nas redes sociais sobre o pleito, o que não aconteceu. Dentre as pessoas mais próximas do chefe do Executivo, a  primeira-dama, Michelle Bolsonaro , e o filho mais velho, o  senador Flávio Bolsonaro (PL) foram os primeiros a se manifestar.

O atual presidente foi se pronunciar apenas na tarde do dia 1º, com um discurso de dois minutos a jornalistas . O mandatário agradeceu os mais de 58 milhões de votos que teve no segundo turno, comentou os atos antidemocráticos, realizados por apoiadores dele, que bloqueavam estradas federais por todo o país , e disse que sempre jogou "dentro das quatro linhas da Constituição".

Apesar da derrota, o chefe do Executivo brasileiro teve mais votos computados do que no segundo turno do ano de 2018 , quando ele venceu Fernando Haddad (PT) para assumir o Planalto. À época, o candidato do PL recebeu 57.797.487 de votos (53,13%).

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