A partir das investigações da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), os agentes conseguiram acessar dados importantes a respeito do monitoramento feito sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Na decisão do magistrado que possibilitou à PF deflagrar a Operação nesta quinta-feira (8), é possível ver que aliados de Jair Bolsonaro haviam definido uma possível data para a prisão de Alexandre de Moraes.
O relator das investigações sobre milícias digitais e atos golpistas no STF seria preso como uma das medidas para um golpe de Estado. Ele seria detido em sua casa, em São Paulo, em 18 de dezembro de 2022.
Foi possível chegar na informação a partir de mensagens trocadas por um general de brigada da reserva, Laércio Virgílio, e Ailton Barros, amigo de Jair Bolsonaro.
“O General VIRGÍLIO sabia que o Ministro estaria em sua residência em São Paulo no dia 18/12/2022, para o cumprimento de uma eventual ordem ilegal de prisão, em decorrência de golpe de Estado ”, escreveu Moraes na decisão que autorizou a ação da PF nesta quinta.
Em outros chats, entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada com a PF, e o ex-assessor Marcelo Costa Câmara, coronel reformado, os investigadores encontraram informações sobre uma viagem de Moraes a São Paulo entre 16 e 19 de dezembro de 2022.
Uma mensagem encaminhada por Câmara a Cid em 16 de dezembro disse que Moraes “viajou para SP hoje, retorna na manhã da segunda-feira e viaja novamente para SP mesmo dia. Por enquanto só retorna a Brasília pra posse do ladrão. Qualquer mudança que saiba lhe informo”.
O que se sabe sobre a Operação Tempus Veritatis