O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo investigado por participar da tentativa de um golpe de Estado
Reprodução: Flipar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo investigado por participar da tentativa de um golpe de Estado



A Polícia Federal (PF)  encontrou na sede do PL (Partido Liberal) , em Brasília, nesta quinta-feira (8), um documento que anunciaria a decretação de um estado de sítio e da garantia da lei e de ordem no Brasil. A informação foi publicada pelo "Blog da Natuza Nery", do G1. De acordo com o "Blog do Valdo Cruz", a carta estava na sala do ex-presidente Jair Bolsonaro . A reportagem do iG  confirmou as informações.

Segundo a publicação, o documento foi encontrado durante a operação Tempus Veritatis , que visa encontrar a ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados na tentativa de golpe de Estado, em 8 de janeiro do ano passel. 

O papel, que não está assinado, afirma que a ruptura do Estado Democrático de Direito estaria "dentro das quatro linhas da Constituição". A expressão era costumeiramente utilizada por Jair Bolsonaro.

"Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz o parágrafo final.

O advogado Fabio Wajngarten, que representa Bolsonaro, afirmou que o documento não tem validade. "Tal documento apócrifo em tese é encontrado na sede do partido", disse o ex-ministro, que também defende o ex-presidente das acusações.

"Padrão do documento não condiz com as tradicionais e reconhecidas falas e frases do presidente. Tal conteúdo escrito depende mandatóriamente de ação conjunta de outros poderes. Não tem limite a vontade de tentar trazer o presidente Jair Bolsonaro  para um cenário político que ele jamais concordou", acrescentou.

Tempus Veritatis

A operação da PF cumpriu quatro mandados de prisão preventiva para Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro),  Marcelo Câmara (coronel da reserva do Exército), Rafael Martins (major das forças especiais do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto (Coronel do Exército). O último não foi detido porque está nos Estados Unidos.

Ao todo, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão. No caso do ex-presidente, Bolsonaro foi obrigado a entregar o seu passaporte e impossibilitado de falar com os outros investigados. Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi alvo de busca e apreensão, mas acabou detido por porte ilegal de arma

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