Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, irá solicitar um ofício no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso à  lista de parlamentares que foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o comando do ex-diretor-geral Alexandre Ramagem , que liderou o órgão no governo Bolsonaro.

"Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa", disse Rodrigo Pacheco em nota enviada ao iG.

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova operação contra suspeitos de terem monitorado autoridades do Legislativo e Judiciário. O vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos alvos da operação .

A ex-deputada Joice Hasselmann, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão entre as autoridades espionadas.

A PF cumpre mandados de busca e apreensão na casa de Carlos, localizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e no gabinete dele, na Câmara Municipal. Os assessores do parlamentar também são alvos da operação.

Na residência do vereador, foi apreendido um notebook, um pendrive, cartões de memória e mídia. Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático alheio e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial.

A nova ação da Abin Paralela mira aqueles que foram receptores das informações produzidas ilegalmente pela agência.

"Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público", afirma a PF.


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