O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) confirmou nesta quinta-feira (30) que Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, será o novo presidente da sigla para um mandato de dois anos. A definição ocorreu em reunião em Brasília, que decidiu os integrantes da Executiva Nacional através de votação.
Perillo substituirá o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que deixou o cargo após uma decisão judicial determinar que novas eleições fossem realizadas. Leite seguirá na Executiva do novo comando como vice-presidente.
O movimento que levou Marconi Perillo à presidência tem participação do deputado federal Aécio Neves (MG) – que vem tentando retomar o espaço que o permitiu concorrer às eleições presidenciais contra Dilma Rousseff em 2014 – e de integrantes do PSDB de São Paulo e Minas Gerais, que buscam uma uniformidade para o partido.
Uma das preocupações do PSDB foi a perda do tamanho da sigla após as eleições de 2022, muito abaixo do planejado pela coordenação do partido. Agora, os integrantes querem revisar a postura da legenda e buscar uma mobilização para que esses números sejam melhores nas eleições municipais de 2024.
Quem é Marconi Perillo?
O novo presidente tucano chegou a ser preso por um dia durante as investigações da Operação Lava Jato, suspeito de receber propina da empresa Odebrecht. Posteriormente, a Lava Jato foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob o entendimento de que o caso deveria ser tratado pela Justiça Eleitoral.
Aos 60 anos, Perillo foi governador por quatro vezes e faz oposição ao atual chefe do Executivo goiano, Ronaldo Caiado (União). Nas últimas eleições, ele disputou uma vaga ao Senado, sem sucesso. Antes de entrar no PSDB, em 1998, ele foi filiado ao antigo PMDB, ao Partido Social Trabalhista e ao PP.
Durante seu discurso, Perillo falou que o partido não pode se deixar confundir com "a oposição odienta" que se estabeleceu, elogiando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), mas vislumbrando uma nova candidatura do PSDB que tenha força nas eleições de 2026.