Nesta terça-feira (27), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro vai ouvir o coronel do Exército Jean Lawand Júnior. Ele é citado em mensagens com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid defendendo um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro do ano passado.
O depoimento tem previsão de começar às 9h.
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Em áudio encontrado no celular de Cid, Lawand dizia que Bolsonaro precisava "dar a ordem" para que os militares pudessem agir. O depoimento do coronel acontece menos de duas semanas após a revelação das mensagens pela revista Veja, em 15 de junho.
As conversas entre eles, no entanto, ocorreram em dezembro e contavam com frases como "convença o 01 a salvar esse país", "o presidente vai ser preso" e "Ele dê a ordem, que o povo está com ele".
Depois da divulgação das mensagens, o Exército afirmou que se tratavam de "opiniões pessoais", não representando o pensamento da Força.
Direito ao silêncio
Nessa segunda (26), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Cid e Lawand permaneçam em silêncio durante oitiva na CPMI. No entanto, a presença é obrigatória.
Mauro Cid pediu à Corte para não ser obrigado a comparecer à comissão. Já Lawand, solicitou ficar em silêncio na oitiva. A ministra determinou que ambos compareçam, mas com a presença de advogados e não sejam obrigados a produzir provas contra si mesmo.
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