Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro
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Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro

Perícias feitas nos celulares do  ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do  tenente-coronel Mauro Cid indicam que há uma conta no exterior ligada ao ex-mandatário. As investigações da Polícia Federal apuram se houve algum tipo de lavagem de dinheiro

As movimentações suspeitas ocorreram na conta do BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil, na Flórida (EUA). As informações são do G1, dadas por fontes da PF.

A certeza, por enquanto, é de que a investigação descobriu que Mauro Cid tem uma conta no BB Americas. Mais informações serão divulgadas daqui a 10 ou 15 dias, quando a perícia nos aparelhos apreendidos durante a Operação Venire  for finalizada.

Após o resultado, investigadores da corporação irão solicitar informações mais detalhadas ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça, para quebrar o sigilo bancário das contadas identificadas. A ação será feita pelo Departamento de Justiça americano após um pedido oficial.

Lavagem de dinheiro

De acordo com imagens divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, o tenente-coronel guardava 35 mil em espécie escondidos no cofre da residência onde mora . Ele ainda tentou encobrir a informação da Polícia Federal.

Segundo a corporação, Cid teria retirado os dólares de uma conta bancária em  março deste ano.

"O dinheiro do coronel Mauro Cid vem de trabalho. É fato conhecido que todo militar que faz uma missão no exterior tem a seu favor uma conta com o Banco do Brasil em Miami", disse o advogado do tenente-coronel, Rodrigo Roca.

Cid já é investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo vazamento de informações sigilosas de um inquérito que apurava um ataque hacker no sistema do TSE e apura-se ainda se ele está envolvido no caso das joias milionárias da Arábia Saudita.

Operação Venire

No dia 3 de maio, Mauro Cid foi preso pela Polícia Federal . Ele é suspeito de fraudar certificados de vacinação da família e do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Cid foi preso, com autorização do STF, junto ao policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, o ex-major Aílton Barros e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

A corporação investiga um grupo que falsificava dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

O ex-ajudante de Bolsonaro prestará depoimento sobre a fraude em cartões de vacinação na próxima quinta-feira (18) e a esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, na sexta-feira (19).

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