Por volta das 10h50 desta quarta-feira (3), a Polícia Federal deixou o condomínio onde mora o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após cumprir mandado de busca e apreensão na residência em que o ex-mandatário mora com a esposa, Michelle Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo estava em casa no momento das buscas dos agentes e, na ocasião, a PF apreendeu o celular dele, em ação sobre fraudes em cartões de vacinação da Covid-19.
Durante a ação, chamada Operação Venire, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o assessor dele Max Guilherme Machado de Moura, ex-sargento da Polícia Militar do Rio, foram presos.
Bolsonaro disse não ter tomado a vacina
Após a operação ser deflagrada na casa do ex-presidente, ele disse que não tomou a vacina contra a Covid-19.
"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", afirmou Bolsonaro.
Sobre os agentes da PF terem realizado uma operação na residência onde mora, o ex-presidente disse ter ficado "surpreso". "No resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo. Eu não tenho mais nada a falar", afirmou.
Operação da PF
Nesta quarta, a PF realizou operação de busca e apreensão em um endereço ligado a Bolsonaro em Brasília, no Jardim Botânico, onde ele mora com Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o celular de Bolsonaro foi apreendido pelos agentes.
A corporação cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, no Rio de Janeiro e em Brasília. Todas as prisões foram realizadas até as 7h.
As ações são parte da chamada Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre a vacinação contra a Covid-19 nos sistemas públicos do Ministério da Saúde.
O objetivo da fraude seria garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e assessores nos Estados Unidos, que pede a vacinação obrigatória para entrar no país. O ex-presidente ficou três meses no país, deixando o Brasil em 30 de dezembro de 2022 e retornando somente em 30 de março deste ano.
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