O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi às redes sociais para questionar o endereço de e-mail "lulalivre1063" que teria sido usado por um dos integrantes da facção criminosa preso pela Polícia Federal durante a Operação Sequaz , que tem como alvo alguns suspeitos de planejarem um atentado contra a vida do ex-ministro da Justiça e outras autoridades .
A suspeita é que a conta pode ter sido cadastrada em nome de terceiro para evitar que a verdadeira identidade seja descoberta.
"Gostaria de entender por que um dos criminosos do PCC , investigado no plano de sequestro e assassinato, utilizava como endereço de e-mail lulalivre1063?", escreveu Moro no Twitter.
Segundo a Polícia Federal , o integrante da facção que teria utilizado o endereço de e-mail ainda não foi identificado.
A Operação Sequaz , deflagrada na última quarta-feira (22), expediu 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Sete mandados de prisão preventiva (três em Sumaré), e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos (entre eles, um no Guarujá e outro em Presidente Prudente).
Segundo a corporação, duas pessoas ainda continuam foragidas. Até a manhã de ontem, nove pessoas foram presas.
Entre os presos ontem está o Forjado (Patrik Uelinton Salomão) , um dos líderes do PCC que deixou a penitenciária federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir pena. Segundo o MP-SP, ele está abaixo apenas da liderança máxima da organização. Foi condenado a um total de 15 anos e 10 meses de prisão e sairia apenas 14 de setembro deste ano, mas a pena foi reduzida.
"Armação"
Na quinta-feira (23), Lula disse que plano do grupo criminoso alvo da Polícia Federal de matar o senador Sergio Moro pode ter sido uma armação do ex-juiz .
Moro rebateu a declaração do chefe do Executivo e perguntou se o mandatário "não tem decência" ou "vergonha". O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro afirmou que o mandatário riu de sua família e mentiu à população brasileira.
“Então quero perguntar ao senhor presidente da República: o senhor não tem decência? O senhor não tem vergonha com esse seu comportamento? O senhor não respeita a liturgia do cargo? O senhor não respeita o sofrimento de uma família inocente? O senhor não respeita o combate que os agentes da lei, e aqui eu me incluo, como ex-ministro da justiça e, antes, juiz, o combate que nós fizemos ao crime organizado”, questionou Moro, em entrevista à CNN Brasil.
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