Procurador-geral da República, Augusto Aras
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Procurador-geral da República, Augusto Aras

O procurador-geral da República, Augusto Aras , afirmou nesta segunda-feira (16) que o Ministério Público Federal (MPF) já possui 40 denúncias prontas contra os envolvidos nos atos golpistas que ocorreram na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro .

A declaração foi feita nesta manhã durante um encontro do PGR com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) , que entregou uma notícia-crime com informações sobre o vandalismo ocorrido no prédio da Casa.

“Hoje já temos 40 denúncias prontas. E associaremos até sexta-feira as novas denúncias que poderão ser acompanhadas de medidas cautelares para essas pessoas que foram presas depredado e invadindo a Câmara Federal, ou se não houver elementos para a denúncia, providenciaremos os inquéritos”, disse Aras.

Lira disponibilizou a advocacia da Câmara para ajudar a instruir o processo contra os golpistas. O presidente da Casa destacou o “risco que o Brasil correu”.

“Muito mais do que a depredação do patrimônio público, um atentado às instituições, o risco que o Brasil correu”, disse. “Estamos à disposição do MP para que todas as necessidades de documentação que seja preciso para instruir esse processo a Câmara possa dispor de tudo o que ela puder”, acrescentou Lira.

Notícia-crime

Lira ainda apresentou um pedido de investigação  contra os responsáveis pelos atos de vandalismo para Aras nesta segunda-feira. A ação reporta um suposto crime às autoridades competentes pela investigação, nesse caso, o Ministério Público Federal (MPF).

O presidente da Câmara disse que os parlamentares que mentiram e divulgaram notícias falsas relacionadas aos ataques de Brasília serão "chamados à responsabilidade".

Ele também afirmou que a segurança será reforçada em 1º de fevereiro, na posse de deputados e senadores, eleição para a Mesa Diretora do Congresso e início dos trabalhos do Judiciário.

O pedido é semelhante ao apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , a Aras no fim da semana passada. Na ocasião, Pacheco entregou uma representação envolvendo os dados provocados pelos vândalos na parte do Congresso Nacional, que fica sob responsabilidade do Senado.

Pacheco também teria pedido o bloqueio dos bens dos envolvidos para garantir o pagamento dos custos com a restauração dos objetos e obras depredadas .

Atos golpistas

Os atos em Brasília deixaram um rastro de destruição ao vandalizar o patrimônio público, artístico, histórico e arquitetônico brasileiro. Com uma invasão planejada há semanas através das redes sociais, grupos golpistas incitavam a um golpe de Estado no país através da ocupação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

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