Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
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Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal fará uma vistoria na cela onde o ex-ministro Anderson Torres está preso. A inspeção será realizada na tarde desta segunda-feira (16). O antigo secretário de Segurança Pública do DF é acusado de omissão em relação ao ato terrorista do dia 8 de janeiro em Brasília.

De acordo com informações publicadas na coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o procedimento tem como objetivo verificar as condições da prisão do ex-ministro do governo Bolsonaro. Ele foi preso no último sábado (14) e encaminhado para o 4° Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF).

O trabalho de vistoria tem como função analisar se a prisão está respeitando todas as determinações exigidas por lei e se a pessoa detida não conquistou nenhuma regalia que lhe são vetadas. Torres é delegado da Polícia Federal e pode ficar em um quartel ou em uma prisão especial, antes de receber qualquer condenação.

Rodrigo Roca, advogado do ex-ministro, tem autorização para acompanhar a vistoria. Ele é responsável por denunciar qualquer tipo de excesso que a Justiça possa praticar contra o seu cliente.

Anderson Torres e sua prisão

Torres estava nos Estados Unidos passando férias ao lado da sua família e retornou ao Brasil na manhã de sábado.  Ele foi detido pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília. O ex-ministro precisou ser conduzido ao 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal.

Torres estava no país norte-americano com a família quando bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios do STF, do Congresso Nacional e também do Palácio do Planalto. Ele foi exonerado do cargo de Secretário de Segurança do DF e passou a ser suspeito de ter sido omisso no episódio.

O ministro Alexandre de Moraes solicitou para a PF investigar se houve omissão e conivência de Anderson com o ato terrorista. “As omissões do Secretário de Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar, detalhadamente narradas na representação da autoridade policial, verificadas, notadamente no que diz respeito à falta da devida preparação para os atos criminosos e terroristas anunciados, revelam a necessidade de garantia da ordem pública", disse Moraes.

Torres ficou incomodado com a suspeita e chegou a soltar nota para rebater as acusações. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos".

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