Nesta segunda-feira (16), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que os deputados que negaram toda a destruição causada na Casa Legislativa durante os atos terroristas do dia 8 de janeiro serão "chamados à responsabilidade ".
Segundo Lira, um parlamentar não pode compartilhar "fatos que não condizem com a realidade".
A afirmação de Lira vem de encontro com as últimas polêmicas envolvendo o deputado eleito Abílio Brunini (PL-MT), que gravou um vídeo no Salão Verde da Câmara dizendo que o local não teve "praticamente nenhum estrago".
'Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo, com vídeo, dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu em seu prédio. Então esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram", afirmou Lira, em entrevista coletiva.
Questionado se falava de Brunini, o presidente da Câmara confirmou:
'Justamente isso. Eles terão que ser chamados à responsabilidade, porque, de qualquer maneira, um parlamentar eleito não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade", disse.
Sem incitação de deputados
Apesar das declarações, Lira disse que não viu incitação ao crime por parte dos deputados federais eleitos André Fernandes (PL-CE) e Clarissa Tércio (PP-PE), alvos de um pedido de abertura de inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os três deputados da ala bolsonarista fizeram posts de apoio aos atos golpistas em Brasília, mas apagaram as publicações com a repercussão negativa.
O presidente da Câmara também citou o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) na lista, mas o pedido da PGR cita outra parlamentar, Silvia Waiãpi (PL-AP).
"Eu não vi, nos três parlamentares, vou citá-los, deputado Nikolas, deputado André e deputada Clarissa, nenhum ato que corroborasse com os inquéritos", afirmou ele, acrescentando: "Não vi a Silvia. Me falaram esses três."
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